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Brasil ocupa 91º lugar sobre expectativa de vida

Resultado faz parte de pesquisa divulgada hoje (2), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)


	Idosos jogam dominó na praça: no grupo Brics, o país fica atrás apenas da China (70º). Depois do Brasil, estão Rússia (134º), Índia (149º) e África do Sul (179º)
 (Marcos Santos/USP Imagens)

Idosos jogam dominó na praça: no grupo Brics, o país fica atrás apenas da China (70º). Depois do Brasil, estão Rússia (134º), Índia (149º) e África do Sul (179º) (Marcos Santos/USP Imagens)

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Da Redação

Publicado em 2 de agosto de 2013 às 10h15.

Rio de Janeiro - A expectativa de vida do brasileiro aumentou 11,24 anos de 1980 (62,52 anos) a 2010 (73,76 anos). O resultado faz parte da pesquisa Tábuas de Mortalidade 2010 – Brasil, Grandes Regiões e Unidades da Federação, divulgada hoje (2), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Segundo o gerente de Componentes de Dinâmica Demográfica do IBGE, Fernando Albuquerque, com o resultado de 2010, o Brasil ocupa o 91º lugar no ranking da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre expectativa de vida. O Chile está na 34ª posição e a Argentina, na 59ª.

No grupo Brics (formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), o país fica atrás apenas da China (70º). Depois do Brasil, estão Rússia (134º), Índia (149º) e África do Sul (179º).

Na Região Nordeste, para cada mil pessoas que atingiram 60 anos de idade, 656 não chegaram aos 80 anos em 1980. Trinta anos depois, o número caiu para 503. “É um fato importante porque está ligado ao envelhecimento da população. Cada vez mais as pessoas estão chegando a idades mais avançadas. Isso foi de maneira geral. Na Região Sul, em 1980, para cada mil pessoas que atingiam 60 anos de idade 635 não chegavam aos 80. Em 2010, nesta mesma faixa, 427 não atingiriam os 80.”

O gerente destacou que, além dos avanços tecnológicos da medicina, as políticas sociais contribuem para a diminuição da mortalidade. “Os programas de transferência de renda permitem ao idoso ter acesso aos medicamentos. Nesta faixa etária, as enfermidades são diferentes das do restante da população. São doenças crônicas que têm que ter assistência do governo. Isso está sendo feito”, acrescentou.


A maior diferença das expectativas de vida entre homens de mulheres foi registrada no estado de Alagoas. De acordo com a pesquisa, as mulheres vivem 9,37 anos a mais que os homens. O estado foi o que mostrou o maior índice de sobremortalidade (7,4 vezes), resultado da divisão da taxa de mortalidade dos homens pela das mulheres, na faixa entre 20 e 24 anos, determinando a possibilidade de um homem não chegar aos 25 anos. Em 1980 o índice era de 1,7 vez.

“Esse crescimento de 1,7 em 1980 para 7,4 em 2010 evidencia um aumento muito forte dos atos violentos na população masculina em Alagoas. Os óbitos são por causas diversas, homicídios, suicídios acidentes de trânsito. Nesse grupo, entre 20 e 24 anos, a maioria é homicídios e acidentes de trânsito”, explicou.

A região com a taxa mais alta de expectativa de vida em 2010 foi a Sul (75,84 anos), seguida da Sudeste (75,40), Centro-Oeste (73,64 anos), Nordeste (71,20 anos) e Norte (70,76 anos). O gerente explicou que o desenvolvimento da Região Sul é um processo percebido ao longo dos anos.

Entre os estados, Santa Catarina foi o que teve o maior crescimento tanto em homens (73,73 anos) como em mulheres (79,90). No total, ficou com 76,80 anos. A menor taxa foi encontrada no estado do Maranhão (68,69).

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