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Brasil não prevê repatriar brasileiros que vivem na Itália, diz secretário

Em fevereiro, o governo brasileiro repatriou um grupo de cerca de 30 brasileiros e seus familiares que viviam na cidade de Wuhan, na China

Itália: país tem 9.172 casos confirmados de coronavírus, que já causou 463 mortes no local (Antonio Masiello/Getty Images)

Itália: país tem 9.172 casos confirmados de coronavírus, que já causou 463 mortes no local (Antonio Masiello/Getty Images)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 9 de março de 2020 às 21h23.

O secretário-executivo do Ministério da Saúde, João Gabbardo Reis, descartou repatriar brasileiros isolados na Itália após ampliação da área de quarentena para tentar combater o avanço do novo coronavírus no país europeu. "Não existe no radar essa possibilidade de repatriação dos que estejam na Itália", disse o secretário nesta segunda-feira.

Em fevereiro, o governo brasileiro repatriou um grupo de cerca de 30 brasileiros e seus familiares que viviam na cidade de Wuhan, na China, epicentro do surto.

Gabbardo Reis também considerou pouco provável a possibilidade de o Brasil adotar medida semelhante caso o novo coronavírus avance no País e classificou a decisão dos italianos como "extremamente radical".

Ele lembrou que o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, tem se colocado "completamente contrário" a uma medida como essa. "Poderia não impedir a transmissão e os efeitos (da quarentena ampliada) poderiam ser tão ou mais maléficos para a população do que a própria transmissão do vírus", avaliou o secretário-executivo.

Para o Ministério da Saúde, as próximas duas a quatro semanas "serão cruciais" para avaliar comportamento do coronavírus no Brasil.

O secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Wanderson Oliveira, declarou que considera ser possível conter a propagação do coronavírus no Brasil.

"A Organização Mundial da Saúde tem colocado isso reiteradamente. É uma pandemia, mas possivelmente será a primeira pandemia que teremos capacidade de conter. Assim desejamos, que seja possível conter. Agora, se identificarmos que há circulação comunitária, transmissão comunitária, esse argumento não se sustenta pela própria natureza da doença. Vamos aguardar", disse.

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