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Brasil não pode virar Venezuela, diz presidente da Mercedes-Benz no Brasil

Para o executivo alemão, o Brasil precisa "se unir de novo"

Philipp Schiemer: Antes, o presidente lamentou que o segundo turno da eleição presidencial brasileira esteja sendo disputado por dois candidatos que ele considera serem "extremos" (Germano Luders/Exame)

Philipp Schiemer: Antes, o presidente lamentou que o segundo turno da eleição presidencial brasileira esteja sendo disputado por dois candidatos que ele considera serem "extremos" (Germano Luders/Exame)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 15 de outubro de 2018 às 13h51.

São Paulo - O presidente da filial brasileira da Mercedes-Benz, Philipp Schiemer, afirmou nesta segunda-feira, 15, que o Brasil não pode virar a Venezuela. "Temos empresa na Venezuela e sei como é o sofrimento lá", disse o executivo, durante evento do setor automotivo em São Paulo, promovido pela editora AutoData.

Para o executivo, que é alemão, o Brasil precisa "se unir de novo". "Nos últimos anos, vimos um animosidade muito grande, do 'nós contra eles'. Eu não consigo entender quando dizem que a elite não gosta que pobre viaje de avião. Eu tenho vontade de falar palavrão. Quanto mais pessoas puderem viajar de avião, melhor para todos", disse.

Antes, Schiemer havia lamentado que o segundo turno da eleição presidencial esteja sendo disputado por dois candidatos que ele considera serem "extremos", mas ressaltou que terá de aceitar o resultado e garantiu que vai trabalhar com qualquer um deles.

O executivo reafirmou que o atual plano de investimentos da montadora, de R$ 2,4 bilhões até 2022, não está em risco. No entanto, contou que teme pelos anos seguintes, pois "está difícil" convencer a matriz na Alemanha a trazer novos investimentos para o Brasil.

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