O levantamento estima que entre 2008 e 2011 o crescimento no número de acessos fixos à banda larga tenha alcançado 72% e, para acessos móveis, o índice tenha ficado por volta de 41% na AL (Luis Ushirobira/Info)
Da Redação
Publicado em 16 de abril de 2013 às 15h50.
O Brasil lidera a geração de empregos do setor de telecomunicações na América Latina com um crescimento de 133% no número de postos de trabalho gerados entre 2008 e 2011, chegando ao final do período com um total de 101 mil empregados, mais que o dobro dos 44 mil trabalhadores de 2008.
O levantamento foi feito pelo Observatory of Telecoms Indicators in Latin America, estudo lançado nessa terça, 16, pela associação de empresas ibero-americanas AHCIET em parceria com a consultoria Ovum.
O estudo, que tem como objetivo rastrear e analisar periodicamente tendências da indústria na região latino-americana, estima ainda que os postos de trabalho gerados pelo setor de telecomunicações no período cresceu em média 60% em toda a América Latina, encerrando 2011 com cerca de 220 mil trabalhadores e contribuindo ainda para o crescimento da economia dos países da região. Fazem parte do estudo Nicarágua, México, Guatemala, Equador, Colômbia, Chile, Brasil e Argentina.
Investimentos
Mesmo com a crise econômica que começou a se instalar mundialmente em 2008, a demanda cada vez maior da região por conexões de banda larga, fixas e móveis, fizeram com que os investimentos das operadoras de telecomunicações continuassem se expandindo.
O levantamento estima que entre 2008 e 2011 o crescimento no número de acessos fixos à banda larga tenha alcançado 72%, enquanto na banda larga móvel esse índice tenha ficado na casa dos 41% na América Latina.
Ao mesmo tempo, os investimentos das operadoras do setor tiveram crescimento médio de 28%, somando em 2011 mais de US$ 22 trilhões e dos quais mais da metade no Brasil. Os investimentos das operadoras brasileiras em 2011 ultrapassaram os US$ 12 trilhões (R$ 20,8 trilhões) de acordo com o estudo, um montante cerca de US$ 2 bilhões (ou 23%) superior ao investimento realizado em 2008.
Ao mesmo tempo, o Brasil concentra a maior quantidade de acessos móveis com 246,4 milhões de assinantes ao final de 2011, um crescimento médio anual composto (CAGR) de 17% desde 2008.
Os serviços móveis também representam 58% das receitas totais do setor de telecomunicações no Brasil, um CAGR 12% no período, quanto aquelas de serviços fixos apresentaram mais de 21% das receitas totais, com um CAGR de 6%, maior do que a média da América Latina, que foi de 3% de crescimento.
Em nota, o secretário geral da AHCIET, Pablo Bello, declarou que está na hora de os países considerarem seriamente como diminuir mais rapidamente a exclusão digital e remover as amarras regulatórias que ainda impedem o crescimento das telecomunicações e o acesso equitativo a serviços avançados.
"Nossos dados brutos mostram que os países que alcançaram maiores progressos são aqueles em que os principais players do ecossistema digital reconheceram a necessidade da cooperação público-privada com políticas públicas convergentes, regulamentação e impostos que encorajam o investimento".