Brasil

Brasil firma acordo de colaboração sanitária com China

Consenso favorece a grande quantidade de insumos utilizados em remédios, que chegam ao país das terras chinesas

O acordo também prevê o intercâmbio de informações sobre legislações dos produtos que são trocados (Getty Images/Getty Images)

O acordo também prevê o intercâmbio de informações sobre legislações dos produtos que são trocados (Getty Images/Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 30 de março de 2011 às 12h05.

São Paulo - O Brasil e a China firmaram um acordo de colaboração na área sanitária. Um dos objetivos do trato, estabelecido na semana passada, é melhorar a fiscalização da qualidade das substâncias importadas daquele país e usadas na fabricação de remédios pelo Brasil. O que é muita coisa: 80% dos insumos importados usados em remédios no País vêm da China.

A China, além de ser o maior fornecedor, é também o país campeão de reclamações. Das notificações recebidas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) sobre insumos de medicamentos reprovados pelos fabricantes, 22% são relativas a produtos chineses. Em seguida estão produtos indianos, com 17%, e vindos dos Estados Unidos, com 6%. Dos insumos chineses reprovados, 87% se referem a substâncias ativas dos remédios e 13%, a outros produtos usados na composição dos medicamentos.

O acordo prevê quatro linhas de colaboração, das quais algumas são de aplicação imediata e outras, a médio prazo. Entre as que estão em vigor está o intercâmbio de informações sobre empresas chinesas fornecedoras de produtos para o Brasil. "Hoje, a liberação de produtos depende apenas da análise de documentos. Com o acordo, podemos ir além, checando informações com autoridades sanitárias chinesas. Isso evitará, por exemplo, problemas como o notado durante a visita da missão brasileira à China", afirmou Dirceu Barbano, diretor da Anvisa.

De acordo com ele, nessa viagem foi constatado que algumas das empresas chinesas fornecedoras de insumos para a indústria farmacêutica não são conhecidas pelas autoridades sanitárias do país.

O trato também permite que equipes da Anvisa, ao visitarem fábricas na China para a certificação de produtos, sejam acompanhadas de colegas da agência chinesa. O acordo também prevê o intercâmbio de informações sobre legislações. "Certamente essa colaboração vai fortalecer o sistema de vigilância dos dois países", avaliou Barbano. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Acompanhe tudo sobre:ChinaImportaçõesComércio exteriorDiplomaciaRemédiosFiscalização

Mais de Brasil

Bolsonaro tem crise de soluço e passa por atendimento médico na prisão da PF

Senado vai votar PL Antifacção na próxima semana, diz Davi Alcolumbre

Entrega de 1ª escola de PPP de SP deve ser antecipada para início de 2026

Após prisão, PL suspende salários e atividades partidárias de Bolsonaro