Brasil

Brasil fica em 46.º lugar em ranking de globalização

País está posicionado atrás de Chile (29.º), México (36.º), Colômbia (40.º) e Peru (41.º)

A pesquisa mede negócios, investimentos, tecnologia, trabalho e integração cultural com outras economias em relação ao Produto Interno Bruto (EXAME.com)

A pesquisa mede negócios, investimentos, tecnologia, trabalho e integração cultural com outras economias em relação ao Produto Interno Bruto (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 3 de março de 2011 às 23h07.

São Paulo - Com índice de 3,37, o Brasil ocupou no ano passado a 46.ª colocação num ranking que mede o grau de globalização das 60 maiores economias mundiais, posicionado atrás de quatro outras nações latino-americanas: Chile (29.º), México (36.º), Colômbia (40.º) e Peru (41.º). O Índice de Globalização de 2010, calculado pela consultoria Ernst & Young em parceria com a Economist Intelligence Unit (EIU), mede negócios, investimentos, tecnologia, trabalho e integração cultural com outras economias em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) de cada país. Na sondagem anterior, de 2009, o Brasil ocupava a 47.ª colocação, com índice de 3,13.

O Brasil se destacou na categoria "Capital" (índice 4,70), que indica que o fluxo de recursos para o País é intenso em relação a outras economias. O pior desempenho foi verificado no item "Tecnologia", com índice 2,72. A pesquisa foi feita com base em questionário aplicado a 1.050 executivos de todo o mundo, entrevistas com 20 executivos sênior e líderes de companhias. O primeiro do ranking é Hong Kong, com índice 7,48. O Irã ocupa o último lugar, com 2,27.

De acordo com a Ernst & Young, 70% dos entrevistados disseram ter planos para aumentar o Investimento Estrangeiro Direto (IED) nos próximos três anos. E 17% dos executivos responderam que aumentarão esse valor em 20% neste período. Em relação aos mercados emergentes, o estudo revela que metade das empresas pesquisadas leva em conta apenas dois aspectos para o planejamento de investimentos: projeções de crescimento econômico e tributação. Além disso, direcionam só uma pequena parte dos investimentos em pesquisa e desenvolvimento (P&D).

Para os autores do ranking, o desenvolvimento tecnológico continua sendo uma das principais chaves para o aumento do índice de globalização. E foi justamente no item "Tecnologia" que o Brasil recebeu sua nota mais baixa. Para a Ernst & Young, a rápida adoção da internet e de tecnologias móveis pelos mercados emergentes "é um poderoso mecanismo por trás da melhor integração de negócios, capitais e cultura".

Retomada da globalização

Em uma visão geral do estudo que acompanha o ranking "Vencendo em um Mundo descentralizado - A globalização e a mudança nos negócios", o índice de globalização dos países aumentou após a crise financeira de 2008 e, conforme a consultoria, essa tendência de alta deve continuar até 2014. Para Luiz Passetti, sócio no Brasil da Ernst & Young Terco, grandes oportunidades de negócios nos mercados emergentes são um dos motivos para a retomada da globalização.

"Essas oportunidades, aliadas ao desenvolvimento da tecnologia e uma recuperação econômica mundial, garantirão um aumento no nível de globalização nos próximos anos", disse. Passetti explicou que, agora, o desafio para as empresas é buscar equilíbrio entre globalização e atuação local. Segundo ele, a convergência entre países desenvolvidos e emergentes eleva o número de mercados estratégicos para as multinacionais.

Acompanhe tudo sobre:América LatinaDados de BrasilInvestimentos de empresas

Mais de Brasil

Governo quer aumentar número de setores fora do tarifaço

Governo quer ampliar número de setores isentos do tarifaço de Trump, diz Alckmin

Recuperação de áreas degradadas pode contar com R$ 31,4 bilhões

Rio Grande do Sul registra neve em algumas localidades