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Brasil faz o possível para ajudar a Venezuela, diz Temer a Trump

A Venezuela foi um dos principais temas tratados no jantar entre o presidente brasileiro e americano, que exigiu a restauração "plena" da democracia no país

Trump e Temer: o presidente brasileiro disse que é preciso tratar do tema sobre dois ângulos: o humanitário e o político (Kevin Lamarque/Reuters)

Trump e Temer: o presidente brasileiro disse que é preciso tratar do tema sobre dois ângulos: o humanitário e o político (Kevin Lamarque/Reuters)

AB

Agência Brasil

Publicado em 19 de setembro de 2017 às 06h48.

O presidente do Brasil, Michel Temer, disse hoje (18), após jantar de trabalho com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e lideranças sul-americanas, que o Brasil tem feito o possível para ajudar humanitariamente o povo venezuelano.

A Venezuela foi um dos principais temas tratados no jantar com Trump, que exigiu a restauração "plena" da democracia e das liberdades políticas no país governado por Nicolás Maduro.

Temer deu uma entrevista coletiva a jornalistas após o jantar com Trump e a Venezuela foi o principal assunto. O presidente brasileiro disse que é preciso tratar do tema sobre dois ângulos: o humanitário e o político.

No humanitário, ele disse que o Brasil mandou medicamentos para a Venezuela e no político citou o encontro com Leopoldo Lopez, político que faz oposição a Maduro.

" Eu próprio relatei que recebi o Leopoldo Lopez, tenho mantido os mais variados contatos, recebi a esposa dele, a mãe dele, para revelar a posição do Brasil em relação à Venezuela", disse.

"As pessoas querem que lá se estabeleça a democracia, não querem uma intervenção externa, naturalmente. Mas querem manifestações que se ampliem, dos países que aqui estão para os países da América Latina, para os países caribenhos, de maneira a pressionar a solução democrática na Venezuela"

Segundo o presidente brasileiro, nenhuma decisão foi tomada durante a reunião, mas os líderes sul-americanos destacaram o problema dos refugiados venezuelanos.

"Nós temos mais de 30 mil refugiados no Brasil, milhares de refugiados na Colômbia e alguns até no Panamá. E o que houve foi isso: todos querem continuar a pressão para resolver. Mas a pressão diplomática", disse.

Temer disse que a possibilidade de sanções à Venezuela não foi discutida efetivamente. Falou-se no tema, mas com ações diplomáticas, como ocorreu em relação ao Mercosul.

"No Mercosul, quando nós fizemos reunião na Argentina, a Venezuela foi excluída do Mercosul, melhor dizendo, até nem chegou a entrar, por não ter cumprido as cláusulas democráticas", disse.

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