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Brasil espera Argentina para acionar termelétrica da AES

O governo aguarda permissão da Argentina para acionar a usina termelétrica Uruguaiana, do grupo AES segundo fonte


	Térmica de Uruguaiana: pedido para uso do gasoduto que abastece a usina foi feito neste mês aos argentinos
 (Divulgação / EXAME)

Térmica de Uruguaiana: pedido para uso do gasoduto que abastece a usina foi feito neste mês aos argentinos (Divulgação / EXAME)

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Da Redação

Publicado em 26 de janeiro de 2015 às 15h28.

Brasília - O governo federal aguarda permissão da Argentina para acionar novamente a usina termelétrica Uruguaiana, do grupo AES, disse à Reuters uma fonte do governo brasileiro que acompanha o assunto.

Nos últimos anos, o governo tem autorizado a geração de energia por períodos determinados na termelétrica no sul do país para ajudar no esforço de economia de água nos reservatórios das hidrelétricas.

Segundo a fonte do governo, o pedido para uso do gasoduto que abastece a usina foi feito neste mês aos argentinos.

A exemplo do que ocorreu no ano passado, o Brasil deve, após conseguir o aval para usar o duto, importar Gás Natural Liquefeito (GNL), que chegará de navio até a Argentina, de onde seria "injetado" no duto até a termelétrica brasileira.

"A queda no preço do gás, acompanhando o preço do petróleo, favorece a operação", disse a fonte, que estima que a usina deve gerar gás por cerca de 9 dólares o milhão de BTUs (unidade de medição do gás) este ano, ante 18 dólares em 2014.

Uma outra fonte do governo federal afirmou que "a tendência é religar a usina", mas não soube precisar quando.

A térmica tem potência instalada de 640 megawatts (MW), mas a exemplo do que aconteceu em anos anteriores, deve ser autorizada a gerar com menor capacidade, de até cerca de 240 MW, por conta da disponibilidade do gasoduto argentino.

A usina foi paralisada em 2009 após suspensão do fornecimento de gás natural pela argentina YPF. Desde então, vem sendo religada em momentos de necessidade, usando gás liquefeito importado de outros lugares.

O combustível, porém, tem de usar o gasoduto argentino para chegar à usina. Por isso, quando a térmica precisa ser acionada, é necessário negociar acesso ao duto.

No ano passado, o Brasil comprou GNL de Trinidad e Tobago. A contratação foi concluída em fevereiro. Em março, o primeiro navio iniciou os procedimentos de descarga na Argentina.

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