Universitários participantes do Projeto Rondon 2012 - Operação Açaí ajudam moradores do município a fazer sabão, a partir de óleo de cozinha usado (Wilson Dias/ABr)
Da Redação
Publicado em 10 de janeiro de 2013 às 14h58.
São Paulo - Quando se fala em fazer o bem, as primeiras coisas que vêm à cabeça são ajudar um desconhecido e doar tempo como voluntário. Mas existe outra forma de fazer caridade, que vem se tornando mais popular no Brasil: a contribuição financeira a instituições filantrópicas.
Só em 2011, mais de 35 milhões de brasileiros - o equivalente a 18% da população - contribuíram financeiramente com causas sociais aponta o relatório "World Giving Index 2012 - A global view of giving trends", que revela dados interessantes a respeito do volume e das características de doações para causas sociais no mundo.
Espantou-se - positivamente - com o número? Pois o estudo, produzido pela instituição britânica CAF - Charities Aid Foundation e divulgado no Brasil pelo IDIS - Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social, também constatou que o Brasil entre os dez países com maior número de voluntários (18 milhões) e de pessoas que ajudaram um desconhecido no último mês daquele ano (65 milhões).
Porém, isso não significa que o país seja muito generoso. Segundo a pesquisa, que consultou mais de 155 mil pessoas, de 146 diferentes países, o Brasil ocupa a 83ª posição no Index. O país campeão em generosidade é a Austrália, enquanto a última posição do ranking é disputada entre Grécia e Montenegro.
A má notícia é que a tendência de generosidade mundo afora é de queda. O mundo se tornou um lugar menos generoso em 2011 se comparado com anos anteriores. A conclusão do relatório é que o padrão de doações no mundo parece refletir a situação da economia global.
Ainda segundo o Index, entre o total mundial de entrevistados:
- 44% ajudaram um desconhecido;
- a maioria dos doadores é do sexo feminino;
- os jovens são menos engajados em campanhas de doação de dinheiro, e
- a probabilidade de que a população acima de 50 anos contribua mais é maior.
Além disso, a pesquisa traz uma série de recomendações para governos, empresas, sociedade civil e para as pessoas em geral. Entre elas, se destaca: para que as organizações sociais sobrevivam mesmo em período de crise, a ideia é que as diversas pessoas e instituições que compõem o setor filantrópico desempenhem papel ativo no apoio.
Você pode ler o ranking online, em inglês, no site da CAF.