Brasil

Brasil e Rússia fecham acordo de proteção mútua a informações sigilosas

O termo foi assinado na viagem oficial do presidente Jair Bolsonaro ao país e anunciado pelo ministro de Relações Exteriores, Carlos França

Bolsonaro se reúne com Putin em Moscou na Rússia (Oficial Kremlin/PR/Flickr)

Bolsonaro se reúne com Putin em Moscou na Rússia (Oficial Kremlin/PR/Flickr)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 16 de fevereiro de 2022 às 16h29.

Última atualização em 16 de fevereiro de 2022 às 16h59.

O Brasil e a Rússia firmaram nesta quarta, 16, um acordo de proteção mútua a informações sigilosas. O termo foi assinado na viagem oficial do presidente Jair Bolsonaro ao país e anunciado pelo ministro de Relações Exteriores, Carlos França.

"O ministro-chefe do GSI, Augusto Heleno, e sua contraparte russa firmaram um protocolo-acordo sobre proteção mútua de informações classificadas", disse o chanceler em coletiva de imprensa.

Esteja sempre informado sobre as notícias que movem o mercado. Assine a EXAME.

Segundo França, o acordo, no entanto, vai se adequar à Lei de Acesso à Informação brasileira. "A importância desse entendimento bilateral é que devemos ter uma cooperação, uma facilidade em tecnologias de ponta em áreas sensíveis", seguiu o ministro. "A Rússia é para o Brasil uma referência mundial em desenvolvimento tecnológico, sobretudo no âmbito de sua indústria de defesa".

A assinatura do entendimento ocorre em ano eleitoral, quando informações de governo tornam-se ainda mais sensíveis, e após tensões internacionais envolvendo a Rússia. Além do conflito com a Ucrânia, o presidente russo, Vladimir Putin, já foi acusado pelos Estados Unidos de espionagem.

Uma tecnologia russa bastante utilizada pelo universo bolsonarista é o Telegram, sob cerco da Justiça Eleitoral pela falta de colaboração no combate às fake news. Hoje, no entanto, o aplicativo, sem representação no Brasil, tem sede oficial nos Emirados Árabes Unidos.

A comitiva presidencial em Moscou é composta, além de Bolsonaro, pelos ministros Carlos França (Relações Exteriores), Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional), Braga Netto (Defesa), Luiz Eduardo Ramos (Secretaria-geral da Presidência) e Bento Albuquerque (Minas e Energia).

O filho "Zero Dois" do presidente, Carlos Bolsonaro, vereador do Rio de Janeiro, também veio à capital da Rússia, com uma agenda ainda pouco clara.

Acompanhe tudo sobre:RússiaVladimir PutinJair Bolsonaro

Mais de Brasil

'Não existe possibilidade de recuar um milímetro', diz Alexandre de Moraes ao Washington Post

Congresso analisa esta semana projetos para proteger infância na rede

Federação critica lei que desobriga Petrobras de operar todo o pré-sal

Emendas liberadas em segundos por comissão somam R$ 279 milhões e miram 304 cidades