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Brasil é notificado sobre decisão de Portugal de extraditar Schmidt

No início do mês, réu da Lava Jato teve habeas corpus concedido pelo Supremo Tribunal de Justiça de Portugal

Raul Schmidt: empresário estava foragido desde 2015, e foi preso em Portugal em março de 2016, durante a Operação Polimento (Reprodução/YouTube/ Victoria and Albert Museum/Reprodução)

Raul Schmidt: empresário estava foragido desde 2015, e foi preso em Portugal em março de 2016, durante a Operação Polimento (Reprodução/YouTube/ Victoria and Albert Museum/Reprodução)

AB

Agência Brasil

Publicado em 21 de maio de 2018 às 17h23.

O Brasil foi notificado hoje (21) da decisão do Tribunal de Relação de Lisboa de extraditar o empresário Raul Schmidt. Ele é investigado no Brasil, no âmbito da Operação Lava Jato. A notificação foi confirmada pela Advocacia-Geral da União (AGU) e o empresário deve ser entregue às autoridades brasileiras assim que for localizado pela polícia portuguesa, à qual cabe cumprir o mandado expedido pela Corte.

Schmidt estava foragido desde 2015 e foi preso em Portugal em março de 2016, na Operação Polimento, 25ª fase da Lava Jato. Em dezembro de 2016, já havia decisão da Justiça daquele país favorável à extradição do empresário. Após uma série de recursos, a decisão de extradição transitou em julgado em janeiro deste ano.

No início do mês, Schmidt teve habeas corpus concedido pelo Supremo Tribunal de Justiça de Portugal, que entendeu que havia excedido o prazo de 45 dias para entrega do extraditando. Por sua vez, a CGU argumentou que a concessão do habeas corpus não afetaria a extradição.

O empresário é investigado pelo pagamento de propina a ex-diretores da Petrobras e pela intermediação de mais de US$ 200 milhões em propina. Ele estava foragido desde 2015, e foi preso em Portugal em março de 2016, durante a Operação Polimento.

Schmidt nasceu e viveu no Brasil, é neto de português e, por isso, requereu a nacionalidade portuguesa originária. Em abril deste ano, o empresário havia recorrido ao Tribunal Europeu de Direitos Humanos (TEDH) com pedido de suspensão da extradição, alegando que as unidades prisionais brasileiras não cumpriam os padrões mínimos exigidos pela Convenção Europeia dos Direitos do Homem.

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