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Brasil e Chile dividirão dados sobre crimes de ditaduras

Uma missão da Comissão da Verdade brasileira irá ao Chile na última semana de abril para começar a busca de informações sobre brasileiros presos no país


	Heraldo Muñoz: de acordo com o chanceler do Chile, o país já reuniu vários dados sobre a repressão durante a ditadura chilena, que durou de 1973 a 1989
 (Elza Fiúza/Agência Brasil)

Heraldo Muñoz: de acordo com o chanceler do Chile, o país já reuniu vários dados sobre a repressão durante a ditadura chilena, que durou de 1973 a 1989 (Elza Fiúza/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 3 de abril de 2014 às 18h27.

Brasília - Brasil e Chile irão assinar um acordo para troca de informações sobre os crimes das suas respectivas ditaduras militares.

O anúncio foi feito nesta quinta-feira, 3, pelo ministro das Relações Exteriores, Luiz Alberto Figueiredo, e pelo seu colega chileno, Heraldo Muñoz, depois de uma reunião bilateral no Itamaraty.

Uma missão da Comissão da Verdade brasileira irá ao Chile na última semana de abril para começar a busca de informações sobre brasileiros presos no país.

"Deveremos assinar um acordo em breve. Já temos acordos nessa área com a Argentina e o Uruguai e já temos entendimentos avançados com o Chile", explicou Figueiredo.

"Acreditamos que isso terá um impacto real sobre a busca da verdade que tanto Brasil quanto o Chile se empenham em conhecer."

De acordo com Muñoz, o Chile já reuniu vários dados sobre a repressão durante a ditadura chilena, que durou de 1973 a 1989, que incluiu a prisão de brasileiros que haviam se exilado no país depois do golpe militar de 1964 no Brasil.

Há informações, disse, sobre as prisões, sobre torturadores brasileiros enviados pelo regime para capturar os exilados e sobre a operação Condor.

"Há dados e estamos dispostos a entregar tudo o que temos. É um tema da maior importância. Temos que nos reencontrar com a nossa história. O passado não pode ser esquecido", afirmou o chileno.

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