Brasil

Brasil e Argentina vão aumentar cooperação em energia

A ideia, segundo o chanceler brasileiro Antonio Patriota, é intensificar a cooperação em termos de biocombustíveis e energia nuclear

O chanceler brasileiro Antonio Patriota: trocas de experiências em educação e cultura com a Argentina (Renato Araújo/AGÊNCIA BRASIL)

O chanceler brasileiro Antonio Patriota: trocas de experiências em educação e cultura com a Argentina (Renato Araújo/AGÊNCIA BRASIL)

DR

Da Redação

Publicado em 11 de janeiro de 2011 às 13h53.

Brasília - O chanceler brasileiro Antonio Patriota fez um balanço positivo da primeira visita oficial à Argentina depois que tomou posse como ministro das Relações Exteriores. Ele destacou que uma das prioridades na relação entre os dois países será a integração no setor de energia. "A ideia é intensificar a cooperação em termos de biocombustíveis e energia nuclear. Também há disposição de trocarmos experiências em áreas de educação e cultura. Já existem mecanismos de cooperação, mas há um sentimento de que se pode fazer mais", detalhou.

Patriota relatou que durante os encontros de ontem com a presidente Cristina Kirchner, o chanceler Héctor Timerman, e os ministros Julio De Vido (Planejamento), Amado Boudou (Economia), Alícia Kirchner (Desenvolvimento Social) e Arturo Puricelli (Defesa), foram discutidas as áreas que terão ênfase nesta nova fase da relação bilateral. Ele disse que foram debatidos temas relacionados à habitação e o "grande desafio que ambos países têm na área de saneamento, além da integração fronteiriça e da ideia de um programa de promoção comercial conjunta, para aproveitamento do bom momento econômico dos dois".

O ministro disse que foi muito bem recebido na Argentina. Ele ressaltou que a razão da visita, em primeiro lugar, "é celebrar a circunstância histórica de dois países dirigidos por duas mulheres". Em segundo, o encontro teve o objetivo de organizar a agenda da primeira viagem ao exterior de Dilma Rousseff (PT) como presidente. A visita de Dilma à Argentina será no dia 31 de janeiro, onde passa todo o dia e embarca à noite para Montevidéu para um jantar com o presidente uruguaio Jose Mujica.

Turismo

O chanceler brasileiro confirmou que o Brasil também está disposto a abrir o debate sobre o aumento das frequências aéreas entre os dois países. A Argentina tem se mantido reticente sobre o assunto, já que o fluxo de argentinos para o Brasil é muito menor do que na direção contrária. "O fluxo recente de turistas brasileiros na Argentina é muito bem visto. Só no ano passado eles gastaram US$ 1,7 bilhão na Argentina", mencionou Patriota, destacando que o turismo compensa o déficit argentino na balança comercial bilateral. "Esse enorme fluxo pode ser benéfico para as companhias de aviação e voos argentinos", sugeriu, ressaltando que as empresas aéreas do país poderiam usar isso como forma estímulo para o turismo regional.

"Atualmente, são 133 voos semanais e a capacidade está plenamente ocupada. Um aumento da frequência ajuda até mesmo a equilibrar a relação", afirmou Patriota, referindo-se às reclamações argentinas do déficit comercial com o Brasil. "O déficit comercial com o Brasil é no contexto de superávit global de US$ 12 bilhões. O turismo brasileiro ajuda a compensar o déficit, mas também há outros projetos em andamento, como o da unidade de potássio em Neuquém e Mendoza (da Vale), que poderão ajudar na compensação", completou.

Acompanhe tudo sobre:América LatinaArgentinaDados de BrasilDiplomacia

Mais de Brasil

Ministério da Gestão convoca reunião para discutir publicidade de convênios do governo federal

'Não vamos tolerar excessos', diz Tarcísio, após casos de violência da PM

Câmara instala comissão para analisar projeto que regulamenta Inteligência Artificial no Brasil

Cleitinho diz que errou ao pedir mensagem da influenciadora Virgínia para a filha