Brasil

Brasil diz que acompanha crise no Bahrein com preocupação

Itamaraty pediu que sejam respeitados a liberdade de expressão e os direitos civis do povo

Manifestantes no Bahrein: estimam-se 5 mortos e mais de 200 feridos nos confrontos (Adam Jan/AFP)

Manifestantes no Bahrein: estimam-se 5 mortos e mais de 200 feridos nos confrontos (Adam Jan/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 18 de fevereiro de 2011 às 07h54.

Brasília - O governo do Brasil, por meio do Ministério das Relações Exteriores, informou nessa quinta-feira (17) que acompanha com "preocupação" o agravamento da crise no Bahrein e apelou para que as autoridades busquem um acordo com os manifestantes, envitando confrontos e violência. Em nota oficial, o Itamaraty pediu ainda que sejam respeitados a liberdade de expressão e os direitos civis da população.

"O governo brasileiro conclama as partes a buscarem encaminhamento pacífico para as demandas e manifesta a expectativa de que as autoridades do Reino do Bareine garantam, sem o recurso à violência, a liberdade de expressão e os direitos civis da população", informou a nota.

"O governo brasileiro acompanha com preocupação o agravamento da situação política no Reino do Bareine, onde choques recentes entre forças policiais e manifestantes têm levado a número crescente de vítimas", acrescentou.

Agora de manhã, manifestantes xiitas participaram de um enterro e protestaram contra a monarquia do xeque Al Kalifa, na capital Manama. No total, estimam-se cinco mortos e mais de 200 feridos nos confrontos. Os protestos tiveram início no começo desta semana e permanecem intensos nas principais cidades.

O chefe da diplomacia do Bahrein, Khaled ben Ahmed, acusou ontem (17) os manifestantes de pretenderem conduzir o reino “para o limite do abismo sectário”, apesar de ter considerado “lamentável” a repressão policial, que justificou pela necessidade de impedir um “conflito confessional e uma crise econômica.”

Os aliados regionais do Bahrein decidiram manifestar solidariedade com o reino, dirigido por uma dinastia sunita, mas com maioria de população xiita. Os chefes da diplomacia do Conselho de Cooperação do Golfo (CCG) realizaram em Manama uma reunião extraordinária, num sinal de apoio ao governo do Bahrein. As informações são da agência pública de Portugal, a Lusa.

Acompanhe tudo sobre:DiplomaciaOriente MédioPolítica no BrasilProtestos

Mais de Brasil

Dino determina que cemitérios cobrem valores anteriores à privatização

STF forma maioria para permitir símbolos religiosos em prédios públicos

Governadores do Sul e do Sudeste criticam PEC da Segurança Pública proposta por governo Lula

Leilão de concessão da Nova Raposo recebe quatro propostas