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Brasil discorda de que há golpe na Bolívia, diz Itamaraty

O Ministério de Relações Exteriores afirmou entender que a renúncia de Evo Morales "abre caminho para a preservação da ordem democrática"

Evo Morales: ex-presidente boliviano já chegou ao México, onde ficará asilado  (Luis Cortes/Reuters)

Evo Morales: ex-presidente boliviano já chegou ao México, onde ficará asilado (Luis Cortes/Reuters)

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Reuters

Publicado em 12 de novembro de 2019 às 15h13.

O governo do presidente Jair Bolsonaro rejeita a tese de que esteja ocorrendo um golpe na Bolívia e entende que a renúncia de Evo Morales da Presidência do país abre caminho para a preservação da ordem democrática, disse o Ministério das Relações Exteriores em nota divulgada nesta terça-feira (12).

"O governo brasileiro rejeita inteiramente a tese de que estaria havendo um 'golpe' na Bolívia. A repulsa popular após a tentativa de estelionato eleitoral (constatada pela OEA), o qual favoreceria Evo Morales, levou à sua deslegitimação como presidente e consequente clamor de amplos setores da sociedade boliviana por sua renúncia", disse o Itamaraty na nota.

"A renúncia de Evo Morales abriu caminho para a preservação da ordem democrática, a qual se veria ameaçada pela permanência no poder de um presidente beneficiado por fraude eleitoral. O processo constitucional está sendo preservado na sua integralidade na Bolívia", acrescentou.

No fim de semana, após a Organização dos Estados Americanos (OEA) apontar indícios de fraudes na eleição que teria reeleito Morales para um quarto mandato seguido, o então presidente boliviano convocou novas eleições, mas acabou por renunciar à Presidência após o comandante do Exército sugerir sua renúncia, alegando que ela era necessária para pacificar o país em meio a protestos violentos.

"O governo brasileiro está pronto a colaborar com as autoridades interinas da Bolívia de modo a contribuir para uma transição pacífica, democrática e constitucional. O Brasil deseja manter e aprofundar sua amizade e cooperação com a Bolívia em todas as áreas", conclui a nota do Itamaraty.

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