Brasil

Brasil deve ser eficiente em energia para fugir de custo, diz professor

Para o país, que passa por um momento de forte alta nos preços da energia (com a bandeira vermelha ativada), o desafio é de encontrar mais eficiência na geração e distribuição

Energia eólica: preços da energia no mundo devem se manter alta devido à necessidade de investimento na transição energética (Germano Lüders/Exame)

Energia eólica: preços da energia no mundo devem se manter alta devido à necessidade de investimento na transição energética (Germano Lüders/Exame)

Victor Sena

Victor Sena

Publicado em 9 de novembro de 2021 às 13h27.

Última atualização em 9 de novembro de 2021 às 13h30.

Com a transição energética por que o mundo tem passado, os custos da energia devem se manter em alta. Isso devido principalmente à redução da produção de combustíveis fósseis e à necessidade de se investir na infraestrutura de energia limpa.

Essa é a avaliação de Claudio Ribeiro, CEO da 2W Energia, que participou nesta terça-feira da palestra "Debate fundamental sobre energia: fornecimento seguro e riscos mínimos de racinamento", promovida pela EXAME no fórum Infraestrurura, cidades e investimentos.

Para o Brasil, que passa por um momento de forte alta nos preços da energia (com a bandeira vermelha ativada), o desafio é de encontrar mais eficiência na geração e distribuição.

Na avaliação de Claudio Ribeiro e dos outros participantes do Fórum, Adriano Pires , sócio-fundador do Centro Brasileiro de Infraestrutura, e Christiano Vieira, secretário de energia elétrica do Ministério de Minas e Energia, o mundo vive um momento de alta nos valores da energia, que deve continuar.

No painel, que pode ser assistido abaixo, Adriano Pires falou as medidas que o Ministério tem tomado para garantir suprimento de energia para 2022, como o leião de 1,2 megawatts na produção. No entanto, atentou para o fato de que é incerto o volume das chuvas em janeiro e fevereiro, o que poderia ainda comprometer o fornecimento no próximo ano.

Segundo o professor Adriano Pires, de 2012 para cá a inflação foi de 60% no país e as tarifas subiram mais de 100%.

"O mundo tá vivendo um colapso nos mercados de energia com o petróleo custando mais de 80 dólares e também devido à redução na produção de gás. No Reino Unido teve queda no vento, na produção eólica. O início da pandemia também ajudou com isso porque com a queda das economia, você teve um corte de investimento em energia, e até mesmo poços de petróleo foram abandonados porque houve queda no valor do barril e aquele preço não fazia muito sentido. Mas aí tivemos uma retomada e a oferta de energia nao deu conta de acompanhar. Então, o ajuste está vindo via preço. Vamos ter preços de energia cara nos próximos anos com desuso de combustíveis fósseis”, diz Adriano Pires.

O professor também ressalta que o país só não passou por um momento de racionamento de energia nos últimos anos porque a economia está estagnada.

“O dever de casa do Brasil é fazer uma matriz mais diversificada, que seja menos vulnerável a oscilações. O que ajudou o Brasil nos últimos anos a não faltar energia foi porque o Brasil não cresceu. Agora, qualquer crescimento acima de 1%, a gente pode ter déficit de energia.

yt thumbnail
Acompanhe tudo sobre:Energia elétricaGoverno BolsonaroMeio ambiente

Mais de Brasil

Banco Central comunica vazamento de dados de 150 chaves Pix cadastradas na Shopee

Poluição do ar em Brasília cresceu 350 vezes durante incêndio

Bruno Reis tem 63,3% e Geraldo Júnior, 10,7%, em Salvador, aponta pesquisa Futura

Em meio a concessões e de olho em receita, CPTM vai oferecer serviços para empresas