Brasil

Brasil deve se manter como 8ª economia mundial no novo governo

De acordo com IBGE, a economia brasileira teve, no primeiro semestre deste ano, o maior crescimento desde o início da série histórica, em 1996

Nos seis primeiros meses do ano, o PIB brasileiro cresceu 8,9% em relação ao primeiro semestre de 2009. (Germano Luders/EXAME.com)

Nos seis primeiros meses do ano, o PIB brasileiro cresceu 8,9% em relação ao primeiro semestre de 2009. (Germano Luders/EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 31 de outubro de 2010 às 14h48.

Brasília - As eleições de hoje (31) definirão quem assumirá a oitava economia do mundo e a maior da América Latina. De acordo com ranking organizado pela Austin Rating, com base em dados do Fundo Monetário Internacional (FMI), o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil deve alcançar US$ 1,91 trilhão, em 2010.

No topo da lista dos maiores PIBs do mundo estão Estados Unidos (US$ 14,79 trilhões), China (US$ 5,36 trilhões) e Japão (US$ 5,27 trilhões). Imediatamente à frente do Brasil, em sétimo lugar, está a Itália (US$ 2,12 trilhões).

Segundo projeções que vão até 2015, o Brasil deve manter-se na oitava posição das maiores economias do mundo. Entretanto, em 2015, o cenário deve mudar, mas sem alterar a posição brasileira. O Brasil deve ultrapassar a Itália, mas será superado pela Rússia, permanecendo na oitava posição.

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a economia brasileira teve, no primeiro semestre deste ano, o maior crescimento desde o início da série histórica, em 1996. Nos seis primeiros meses do ano, o Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços produzidos no país, cresceu 8,9% em relação ao primeiro semestre de 2009.

O IBGE também divulgou, em setembro, um comparativo do PIB do segundo trimestre de 2010 do Brasil com o dos outros países integrantes do Bric (acrônimo que representa os emergentes Brasil, Rússia, Índia e China). O crescimento brasileiro de 8,8% no segundo trimestre deste ano foi igual ao da Índia, inferior ao da China (10,3%) e superior ao da Rússia (5,2%).

Este ano, a projeção é de crescimento de 7,2% (de acordo com a proposta de Orçamento para 2011 enviada pelo governo ao Congresso Nacional). Para o ano que vem, a expectativa de analistas do mercado financeiro é de expansão em torno de 4,5%.

A inflação oficial no país, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), ficou em 4,7% no período de 12 meses encerrado em setembro. Acima, portanto, do centro da meta de inflação estabelecida pelo governo para e2010 e 2011, de 4,5%, mas dentro da margem admitida de 2 pontos percentuais.

Cabe ao Banco Central (BC), cujo o presidente será escolhido pelo próximo chefe de governo, perseguir essa meta de inflação. Para isso, a autoridade monetária usa como instrumento principal a taxa básica de juros (Selic), que deve encerrar o ano no atual patamar de 10,75% ao ano, de acordo com a expectativa de analistas do mercado financeiro.


O Brasil é também o 24º país no ranking dos principais exportadores, segundo relatório do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, com base em dados da Organização Mundial do Comércio. As exportações brasileiras representam 1,2% do comércio mundial. total de produtos vendidos do mundo. Entre os principais produtos exportados pelo Brasil estão as chamadas commodities, principalmente produtos agropecuários e minérios, como açúcar, café, etanol, fumo, minério de ferro e soja.

Quanto às importações, em 2009 o Brasil ficou em 26º lugar no ranking. A balança de serviços e rendas do Brasil, formada pela remessa de lucros e dividendos, pagamento de juros, viagens internacionais e outros, é deficitária e deve fechar 2010 com resultado negativo de US$ 67,5 bilhões, valor que deve subir para US$ 75 bilhões em 2011, segundo previsão do próprio Banco Central (BC).

O déficit em conta-corrente, que é o registro das operações de compra e venda de mercadorias e serviços do Brasil com o mundo, deve fechar 2010 com déficit de R$ 49 bilhões ou 2,49% do PIB, segundo estimativa do BC. Em 2011, o déficit esperado é de R$ 60 bilhões (2,78% do PIB).

Quando o país tem déficit em conta-corrente, precisa financiar o resultado negativo com empréstimos ou receber investimentos do exterior. O investimento estrangeiro direto no país, que vai para o setor produtivo, deve fechar o ano em US$ 30 bilhões. Para 2011, a projeção é de US$ 45 bilhões.

Para completar o financiamento do déficit em conta-corrente, o país atrai também investimentos estrangeiros em carteira (ações e títulos públicos). Segundo o BC, os investimentos em ações negociadas no Brasil chegaram a US$ 21,628 bilhões, de janeiro a setembro deste ano. Os investimentos em títulos de renda fixa negociados no país ficaram US$ 13,054 bilhões, em nove meses deste ano.

Acompanhe tudo sobre:América LatinaCrescimento econômicoDados de BrasilDesenvolvimento econômico

Mais de Brasil

Reeleito em BH, Fuad Noman está internado após sentir fortes dores nas pernas

CNU divulga hoje notas de candidatos reintegrados ao concurso

Chuvas fortes no Nordeste, ventos no Sul e calor em SP: veja a previsão do tempo para a semana

Moraes deve encaminhar esta semana o relatório sobre tentativa de golpe à PGR