Bahrein, no Golfo Pérsico: Brasil deve inaugurar embaixada no país (Getty Images/Getty Images)
Carla Aranha
Publicado em 12 de novembro de 2021 às 09h40.
Última atualização em 12 de novembro de 2021 às 09h45.
Como parte da estratégia de estreitar os laços com os países árabes, terceiro maior destino das exportações brasileiras, deverá ser inaugurada, no próximo dia 16, a representação diplomática do Brasil no Bahrein, no Golfo Pérsico, conforme apurou EXAME. O presidente Jair Bolsonaro, que embarca nesta sexta, dia 12, em uma viagem de uma semana ao Oriente Médio, deverá conduzir a cerimônia de inauguração da embaixada.
O Bahrein é o terceiro maior comprador de minério de ferro brasileiro, principal produto da pauta de exportações do país, atrás apenas da China e da Malásia. No ano passado, as vendas totais para o Bahrein somaram 673,8 milhões de dólares. Um dos países mais prósperos da região, o Bahrein deverá ser um dos últimos pontos do roteiro de Bolsonaro pelo Oriente Médio – na segunda, dia, o presidente participa da Expo Dubai, feira de negócios e inovação, e depois parte para o Qatar, vizinho do Bahrein.
De acordo com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), que organiza a agenda de visitas de negócios ao exterior, poderão ser gerados 10 bilhões de dólares em novos acordos comerciais e parcerias durante a Expo Dubai, além de um incremento de 500 milhões de dólares nas exportações.
Entre janeiro e setembro deste ano, as exportações para os países árabes somaram 10,3 bilhões de dólares, 25% a mais do que no mesmo período do ano passado. O Bahrein puxou a fila, com um salto de 200% nas aquisições de produtos brasileiros, seguido por Omã (133%), também no Golfo Pérsico, a Palestina (77,5%) e a Argélia (34,5%).
O Brasil possui embaixadas em praticamente todo o Oriente Médio e norte da África, em países como a Arábia Saudita, Omã, Emirados Árabes, Iraque, Irã e Argélia. O Bahrein, formado por mais de 30 ilhas no Golfo Pérsico, tem uma das rendas per capita mais altas do mundo, de mais de 22 mil dólares, graças aos petrodólares e a investimentos no setor de telecomunicações, transporte e turismo. No segundo trimestre, o PIB cresceu 3,5%, puxado principalmente pela recuperação da construção civil, do mercado imobiliário, hotéis e restaurantes.