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Brasil defende diálogo para averiguar se Síria possui armas

O ministro ressaltou que o Brasil apoia "integralmente" a declaração da presidência do Conselho de Segurança do dia 27 após o massacre de sexta-feira na cidade de Houla

"Se há um risco de desestabilização ou se a situação puder ser ainda mais perigosa para a população, é preciso buscar outras soluções", afirmou Patriota (Elza Fiúza/ABr)

"Se há um risco de desestabilização ou se a situação puder ser ainda mais perigosa para a população, é preciso buscar outras soluções", afirmou Patriota (Elza Fiúza/ABr)

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Da Redação

Publicado em 13 de setembro de 2012 às 19h42.

Paris - O ministro de Relações Exteriores, Antonio Patriota, justificou a pertinência de dialogar com as autoridades sírias pelo risco de que o país possua armas químicas e também para ajustar-se ao mandato da ONU.

"A imprensa e inclusive o diretor da Organização para a Proibição de Armas Químicas declararam que há elevadas suspeitas da presença de armas químicas (na Síria). É preciso levar isso em conta", assinalou Patriota em entrevista ao jornal francês "Le Monde" publicada nesta quarta-feira.

O ministro insistiu que "serão necessários contatos com as autoridades" e como argumento pediu que se imagine "o cenário que poderia produzir-se na região se essas armas existem de verdade".

"Se há um risco de desestabilização ou se a situação puder ser ainda mais perigosa para a população, é preciso buscar outras soluções. E as saídas possíveis na Síria não são simples", acrescentou.

"A melhor aposta se sustenta, por enquanto, no processo em andamento que recebeu o apoio de todos os membros do Conselho de Segurança das Nações Unidas", explicou.

Patriota especificou que mesmo que esse organismo autorizasse uma intervenção para proteger os civis "a história não acabaria. A ação tem que ser responsável e ajustar-se à resolução do Conselho", porque caso contrário poderia ocorrer "uma situação na qual cada um faz o que quer. A ONU não foi criada para isso".

O ministro ressaltou que o Brasil apoia "integralmente" a declaração da presidência do Conselho de Segurança do dia 27 após o massacre de sexta-feira na cidade de Houla e também a proposta de seis pontos do enviado especial, Kofi Annan.

Essa proposta, lembrou, exige que o governo sírio detenha os movimentos de tropas nas cidades e que "isso permitirá o início de um processo político aberto, dirigido pelos sírios, capaz de estabilizar o país e de responder às aspirações e preocupações legítimas da população". 

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