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Brasil defende a permanência da Rússia no G20, diz chanceler

A possível exclusão dos russos faz parte de um pacote de retaliações diplomáticas e econômicas proposto por potências ocidentais, em decorrência da guerra na Ucrânia

Relações Exteriores: O ministro França afirmou que a posição do Brasil é clara a favor da participação de Putin e da delegação russa (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Relações Exteriores: O ministro França afirmou que a posição do Brasil é clara a favor da participação de Putin e da delegação russa (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 19 de abril de 2022 às 07h43.

O ministro das Relações Exteriores, Carlos França, disse nesta segunda-feira, dia 18, que o Brasil defende a participação da Rússia e do presidente Vladimir Putin na cúpula de líderes do G20, a ser realizada na Indonésia.

A possível exclusão dos russos faz parte de um pacote de retaliações diplomáticas e econômicas proposto por potências ocidentais, em decorrência da guerra na Ucrânia, provocada pela invasão militar ordenada por Putin, em fevereiro.

O ministro disse que já tratou do tema com a chancelaria da Indonésia, em conversa sobre a reunião do G20 em Bali. O encontro ocorre em novembro. O ministro França afirmou que a posição do Brasil é clara a favor da participação de Putin e da delegação russa.

"A exclusão não nos ajuda a encontrar uma solução para o problema imediato que é justamente cessar as hostilidades e trazer as partes envolvidas, Rússia e Ucrânia, à mesa para implementar uma solução de paz duradoura", afirmou o ministro. "A exclusão de um dos dois lados serve mais sanção ou censura, mas não resolve o problema."

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O ministro da Economia, Paulo Guedes, recebeu uma carta do governo Putin, com pedido de ajuda para que o Brasil intervenha em fóruns multilaterais contra tentativas de exclusão da Rússia, lideradas pelos Estados Unidos.

Os russos pediram ajuda contra a ofensiva de bastidores, no Banco Mundial e no Fundo Monetário Internacional (FMI), para "limitar ou excluir a Rússia dos processos decisórios". O chanceler afirmou, porém, que nesse âmbito o posicionamento oficial será comunicado pelo Ministério da Economia.

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