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Brasil mantém embaixada na Coreia do Norte até decisão final

O Ministério das Relações Exteriores confirmou ter recebido o aviso de apoio do governo norte-coreano se os países quiserem retirar seus funcionários do local


	O líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un: na embaixada brasileira estão o embaixador Roberto Colin e um funcionário.
 (REUTERS / KCNA)

O líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un: na embaixada brasileira estão o embaixador Roberto Colin e um funcionário. (REUTERS / KCNA)

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Da Redação

Publicado em 5 de abril de 2013 às 14h21.

Brasília – O governo do Brasil pretende manter, por enquanto, a Embaixada do Brasil na Coreia do Norte em funcionamento. No local, estão o embaixador Roberto Colin e um funcionário. A embaixada foi aberta em 2009. O Ministério das Relações Exteriores, Itamaraty, confirmou ter recebido o aviso do governo norte-coreano de que todas as representações estrangeiras terão apoio, se quiserem retirar seus funcionários do país.

A Embaixada do Brasil na Coreia do Norte recebeu hoje (5) o comunicado do governo norte-coreano instruindo as representações diplomáticas a informarem sobre a necessidade de apoio logístico para a saída de seus funcionários do país. Segundo o Itamaraty, não houve decisão sobre a retirada dos funcionários brasileiros. Porém, o assunto está sob análise.

Em situação de emergência, o Itamaraty informou que a Embaixada do Brasil na Coreia do Norte pode passar a desempenhar as atividades em Dandong, na China, que fica a quatro horas (por terra) do território norte-coreano. A Embaixada do Brasil também possui um abrigo subterrâneo e gerador próprio.

A Embaixada do Brasil em Pyongyang, capital da Coreia do Norte, informou ao Itamaraty que os brasileiros que vivem no país são a mulher do embaixador da Palestina e a filha caçula, assim como o embaixador do Brasil e a família dele – mulher e filho - além de um funcionário administrativo.


Ontem (4), o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, ressaltou a preocupação do governo brasileiro com a possibilidade de conflito nuclear na Península Coreana. “O que nós esperamos é que essa retórica se revele nada mais do que retórica e não desencadeie um conflito armado”, disse ele, na audiência pública na Comissão de Relações Exteriores, no Senado.

No último dia 31, a União de Nações Sul-Americanas (Unasul), da qual faz parte o Brasil, emitiu nota expressando preocupação com a possibilidade de uma guerra nuclear entre as duas Coreias. No texto, os governos defenderam a preservação da paz e da segurança, apelando pelo diálogo como meio adequado para pôr fim às diferenças.

As relações comerciais entre o Brasil e a Coreia do Norte são consideradas modestas pelas autoridades brasileiras. Mas há informações de que existem empresários brasileiros interessados em estabelecer relações econômicas e comerciais com o país. Em 2008, o intercâmbio comercial chegou a US$ 375 milhões.

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