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Brasil contabiliza 220 empresas com mão-de-obra escrava

Número é o mais alto já registrado desde o início do levantamento em 2003

Madeireiras, fazendas, engenhos de açúcar, construtoras e indústrias têxteis são os setores que mais possuem trabalho escravo (Oscar Cabral/Veja)

Madeireiras, fazendas, engenhos de açúcar, construtoras e indústrias têxteis são os setores que mais possuem trabalho escravo (Oscar Cabral/Veja)

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Da Redação

Publicado em 3 de janeiro de 2011 às 12h47.

Brasília - O Governo elevou para 220 o número de empresas com mão-de-obra escrava no Brasil, informou nesta segunda-feira o Ministério do Trabalho.

Neste início de semana, 88 novas empresas foram incluídas na "lista-negra" atingindo o maior número registrado desde o início do estudo, em 2003.

A relação é atualizada semestralmente e nesta segunda-feira, por outro lado, 14 empresas saíram da lista com melhorias nas práticas e a uma, de forma temporária, por decisão judicial.

Além de diversas multas, os integrantes da lista negra têm acesso vetado às linhas de crédito dos bancos públicos e não poderão vender sua produção para instituições estatais.

O Governo mantém as empresas na "lista negra" por um mínimo de dois anos e, para "limpar" seu nome, os interessados devem pagar as multas correspondentes e provar que corrigiram as irregularidades.

Entre as 220 empresas exploradoras de mão-de-obra escrava estão principalmente fazendas, engenhos de açúcar, além de madeireiras, construtoras e indústrias têxteis.

As fazendas costumam ser acusadas de explorar seus trabalhadores com horários excessivos, baixos salários e péssimas condições de segurança, higiene e alojamento.

Em muitos casos os trabalhadores contraem dívidas abusivas com os empregadores pelo transporte de suas cidades de origem até as fazendas e pelo aluguel do alojamento, cuja quantia pode superar inclusive o salário que percebem.

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