Brasil

Brasil cobrará 'coerência' no G20 para evitar barreiras ao comércio global

Ministros do G20 se reúnem em Brasília para discutir leis que evitem barreiras comerciais globais

Brasil no G20: foco na coerência das leis comerciais globais para evitar discriminação (Freepik/Freepik)

Brasil no G20: foco na coerência das leis comerciais globais para evitar discriminação (Freepik/Freepik)

Agência o Globo
Agência o Globo

Agência de notícias

Publicado em 22 de outubro de 2024 às 16h24.

Última atualização em 22 de outubro de 2024 às 17h01.

Tudo sobreG20
Saiba mais

O Brasil solicitará “coerência” na criação de legislações nacionais voltadas para o desenvolvimento sustentável, durante a reunião de ministros de Comércio e Investimentos do G20, que ocorrerá em Brasília na próxima quinta-feira, 24. O objetivo é estabelecer diretrizes que previnam restrições comerciais justificadas por questões ambientais.

Impactos para exportações brasileiras

Apesar de não citar exemplos específicos, o Brasil está preocupado com legislações como a da União Europeia, que proibirá a importação de produtos de áreas desmatadas até 2020. Essa medida, que deveria começar a valer em janeiro de 2025, foi adiada por um mês após pressão do Brasil e de outros países exportadores. [Grifar] Essa iniciativa pode prejudicar as exportações brasileiras e está no radar das discussões no G20.

Comércio e sustentabilidade: desafio para consenso

A relação entre o comércio e o desenvolvimento sustentável é uma bandeira do Brasil, que lidera o G20 até o próximo mês. No entanto, a não discriminação é um dos pontos mais difíceis de se alcançar consenso entre os países-membros. "A relação entre comércio e desenvolvimento veio para ficar", afirmou Tatiana Prazeres, secretária de Comércio Exterior do MDIC.

Fernando Pimentel, diretor do Departamento de Política Comercial do MRE, destacou que é legítimo que os países desenvolvam legislações sustentáveis, mas ressaltou que as mesmas devem ser coerentes com a realidade. "O importante é que haja algum nexo, para evitar medidas isoladas que criem novas obrigações", comentou Pimentel.

Agenda do G20 e reformas na OMC

O Brasil também busca inserir a relação entre investimentos e desenvolvimento sustentável na declaração final da cúpula do G20, que acontecerá em novembro no Rio de Janeiro. A ideia é que os tratados internacionais incluam cláusulas sobre meio ambiente, direitos humanos e inclusão de mulheres. A reforma da OMC e o aumento da participação feminina no comércio internacional também são prioridades do Brasil durante a presidência do G20.

Tatiana Prazeres mencionou que o acordo comercial entre o Mercosul e a União Europeia poderá ser discutido separadamente. O vice-presidente Geraldo Alckmin abordará o tema em reunião com Valdis Dombrovskis, responsável pelo comércio na UE, nesta quarta-feira.

Acompanhe tudo sobre:G20

Mais de Brasil

STF pode rediscutir compensação da desoneração da folha, diz Haddad

Lula confirma Pedro Lucas como novo ministro das Comunicações após indicação do União Brasil

Revisão da vida toda do INSS: aposentados que receberam a mais não precisarão devolver valores

Haddad: Fazenda ainda não estuda ampliação de isenção de conta de luz