Brasil

Brasil aproveitará Copa para lutar contra trabalho infantil

O ministro das Relações Exteriores quer associar o combate a esse prática às campanhas de grandes eventos esportivos que acontecerão no país nos próximos anos


	Menores vendem doces próximo à Estação Rodoviária de Brasília para ajudar nas despesas de casa: há 215 milhões de crianças e adolescentes de 5 a 17 anos trabalhando no mundo
 (Renato Araújo/ABr)

Menores vendem doces próximo à Estação Rodoviária de Brasília para ajudar nas despesas de casa: há 215 milhões de crianças e adolescentes de 5 a 17 anos trabalhando no mundo (Renato Araújo/ABr)

DR

Da Redação

Publicado em 21 de novembro de 2012 às 10h52.

Brasília – A 3ª Conferência Global sobre Trabalho Infantil, marcada para outubro de 2013 em Brasília, foi tema hoje (21) da reunião do ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, e do diretor-geral da Organização Internacional do Trabalho (OIT), Guy Rider, em Genebra, na Suíça. Na conversa, Patriota disse que o governo brasileiro quer associar o combate ao trabalho infantil às campanhas de grandes eventos esportivos, como a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016.

Durante o encontro, Patriota e Rider conversaram sobre a inclusão da OIT nas discussões do G20 (grupo que reúne as principais economias mundiais) e as parcerias entre os países da região denominada Sul-Sul, que se refere às medidas que devem ser executadas pelos países de economia emergente em resposta aos desafios comuns.

Pelos dados do relatório Combater o Trabalho Infantil: do Compromisso à Ação, divulgado em junho pela organização, há 215 milhões de crianças e adolescentes de 5 a 17 anos trabalhando no mundo, sendo que 5 milhões são submetidas a trabalhos forçados, inclusive em condições de exploração para fins sexuais e de servidão.

O relatório indica ainda que, entre as crianças e os adolescentes explorados, 115 milhões atuam em atividades perigosas, como operações de guerra. No Brasil, há aproximadamente 3,4 milhões de jovens, de 10 a 17 anos, no mercado de trabalho, segundo o Censo de 2010.

Rider, de 56 anos, foi eleito este ano como novo diretor-geral da OIT. A vitória do inglês foi comemorada pelas entidades sindicais brasileiras. Ele construiu sua história profissional e política atuando na área sindical.

Acompanhe tudo sobre:Copa do MundoEsportesFutebolGoverno DilmaTrabalho infantil

Mais de Brasil

CNU 2025: pedidos de isenção da taxa de inscrição vão até terça-feira

Manifestação em ponto clássico de Ipanema critica presença do Irã na Cúpula dos Brics

PT avalia adiar anúncio de novo presidente nacional após decisão que cancelou votação em Minas

Marina Silva volta ao Congresso depois de ser ofendida em duas comissões