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Desânimo com Copa pode ser amadurecimento, diz FT

Jornal diz que falta de animação nas ruas pode significar amadurecimento, que traz preocupações além de só jogar bonito. E pergunta: "Brasil ainda é o país do futebol?"


	Muro alterado por manifestantes contra a Copa: máscara preta foi adicionada ao rosto do jogador Neymar
 (REUTERS/Ana Carolina Fernandez)

Muro alterado por manifestantes contra a Copa: máscara preta foi adicionada ao rosto do jogador Neymar (REUTERS/Ana Carolina Fernandez)

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Da Redação

Publicado em 27 de maio de 2014 às 17h33.

São Paulo – O baixo entusiasmo dos brasileiros há menos de duas semanas para o início da Copa do Mundo 2014 fez o jornal inglês Financial Times questionar se o Brasil ainda pode ser considerado “o país do futebol”.

“Não são apenas as greves e protestos que passam essa impressão. A movimentação que geralmente precede a Copa – carros enfeitados com bandeiras e a pintura de ruas e muros em verde e amarelo – não está muito em evidência este ano”, diz reportagem publicada na tarde do último domingo.

O jornal aponta duas possíveis causas para a mudança no comportamento - que nem a Fifa, nem o Comitê Organizador ou o ex-presidente Lula foram capazes de prever em 2007, quando foi firmado o acordo para sediar o evento.

A primeira é relacionada ao medo de que as falhas na organização possam envergonhar o Brasil diante do mundo.

Segundo o FT, as pessoas também podem estar relutantes em associar suas imagens a um evento que tem sido criticado pelo uso de dinheiro público e taxado como corrupto.

A segunda tese levantada pelo jornal é de que os brasileiros estão mais velhos, têm mais emprego e estudam mais, estando portanto mais ocupados do que nas copas anteriores, “com menos tempo para pensar em futebol”.

Embora o jornal acredite que parte da antiga animação voltará no momento em que as seleções internacionais começarem a chegar ao país, ele afirma que ela não será a mesma de sempre.

“Qualquer um que assistiu à final da Copa das Confederações estaria convencido pela multidão de que o Brasil ainda é o país do futebol. Só que agora, talvez, ele seja um pouco mais maduro, com outras coisas em mente além de apenas o jogo bonito”, conclui a reportagem.

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