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Brasil: 69 casos de coronavírus; Governo corta projeção do PIB; Opep reduz previsão de demanda 

Albert Einstein: hospital reportou 16 pacientes com coronavírus que foram ao mesmo evento (Nacho Doce/Reuters)

Albert Einstein: hospital reportou 16 pacientes com coronavírus que foram ao mesmo evento (Nacho Doce/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 12 de março de 2020 às 06h57.

Última atualização em 12 de março de 2020 às 07h15.

Sobe para 69 o número de casos de coronavírus

O Hospital Israelita Albert Einstein reportou 16 novas infecções pelo novo coronavírus — os pacientes teriam ido todos ao mesmo evento, o casamento da blogueira Gabriela Pugliesi. Com os novos casos, sobe para 69 o número de infecções confirmadas no país. Além das 16 registradas nesta quarta pelo Einstein, 52 já haviam sido divulgadas na tarde de quarta-feira pelo Ministério da Saúde. No último balanço eram 37 casos. O total de suspeitos está em 907. O número de 69 casos ainda não é oficial porque as unidades de saúde têm até 24 horas para informar o Ministério da Saúde sobre os registros.

Governo corta previsão para PIB 2020

A equipe econômica cortou nesta quarta-feira sua projeção de crescimento econômico neste ano em 0,3 ponto percentual, a 2,1%, reconhecendo os impactos do coronavírus sobre a atividade, mas reforçando a mensagem de que a resposta do país ao ambiente mais desafiador deve ser dada com a realização de reformas. Diante de debates cada vez mais intensos sobre eventual flexibilização do teto de gastos para permitir o aumento dos investimentos públicos, a Secretaria de Política Econômica (SPE) defendeu a manutenção do mecanismo, afirmando que ele possibilita a redução do risco, o que tem impacto estrutural nos juros, estimulando a economia. A SPE pontuou ainda que as Propostas de Emenda à Constituição (PECs) do Pacto Federativo já encaminhadas ao Congresso “criam condições para a estabilidade fiscal”. Em janeiro, a SPE havia previsto uma alta de 2,4% para o Produto Interno Bruto (PIB) neste ano. Na Lei Orçamentária Anual aprovada pelo Congresso, cujos parâmetros seguem vigentes, foi considerada uma expansão de 2,3% para a economia.

Clube militar apoia protesto contra Congresso e STF

O Clube Militar do Exército, sediado no Rio de Janeiro, usou sua rede de contatos para convocar seus associados a comparecerem ao ato contra o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal (STF). Utilizando o lema de campanha do presidente da República, Jair Bolsonaro, “Brasil acima de tudo”, a instituição militar fala em defesa do presidente da República e em impedir um “parlamentarismo branco”. O jornal O Estado de S. Paulo teve acesso a um e-mail enviado pela instituição militar a um de seus associados. O comunicado inicia dizendo que a instituição entra em contato para “hipotecar sua solidariedade aos movimentos cívicos do próximo dia 15 de março de 2020 por todo o Brasil”, e continua justificando que os atos são em apoio ao presidente da República que estaria tentando “incrementar medidas saneadoras na economia e resgatar valores nacionais, ultimamente, vilipendiados”.

Comissão aprova controle de R$ 15 bi do orçamento

A Comissão Mista de Orçamento (CMO) aprovou o projeto que entrega o controle de uma fatia de 15 bilhões de reais em emendas parlamentares ao relator-geral do Orçamento e a comissões da Câmara e do Senado. Na segunda-feira, o presidente da República, Jair Bolsonaro, disse que as manifestações do próximo domingo, 15, poderiam perder força se o Congresso desistisse de controlar os 15 bilhões. Os parlamentares, no entanto, ignoraram o apelo e aprovaram a proposta, enviada pelo próprio governo, sem alterações no conteúdo. O projeto foi aprovado por 19 votos a 5 contrários na Câmara e 7 a 1 no Senado. A comissão também aprovou o projeto que devolve ao Executivo o controle sobre 9,6 bilhões  de reais do Orçamento. Durante a discussão do Orçamento, no ano passado, o Congresso tirou esse montante do guarda-chuva dos ministérios e transformou o valor em emendas parlamentares, com poder para o relator definir o destino do dinheiro.

Empresas retomam atividade em Wuhan

As empresas de Wuhan, cidade chinesa onde o novo coronavírus surgiu, foram autorizadas nesta quarta-feira a retomar suas atividades, um novo sinal da progressiva normalização no epicentro da epidemia.Na terça-feira, o presidente Xi Jinping visitou esta cidade de 11 milhões de habitantes. Desde 23 de janeiro, é proibido entrar e sair desta localidade para impedir a propagação da doença. Na província de Hubei, da qual Wuhan é a capital, muitas cidades também foram confinadas. A medida paralisou a atividade econômica local e as muitas fábricas dessa região industrial. Agora, as autoridades decidiram tornar as medidas de quarentena mais flexíveis, uma vez que o número diário de novos casos caiu drasticamente. O cenário atual levou Xi Jinping a dizer que a epidemia está “praticamente contida”. Com as medidas do governo chinês, a China se tornou um dos países que melhor estão controlando a proliferação da doença.

Opep reduz previsão de demanda 

A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) voltou a reduzir nesta quarta-feira sua projeção para o aumento da demanda global por petróleo este ano por causa do coronavírus. A Opep também advertiu que se a situação atual de disseminação do Covid-19 persistir, novas diminuições estarão a caminho. De acordo com o relatório mensal da entidade,  o crescimento do consumo foi ajustado de 990 mil barris por dia (bpd) para 920 mil bpd em 2020. A mudança, conforme a instituição, reflete a perspectiva de uma expansão econômica global mais lenta, associada a uma proliferação do vírus para além da China. “O impacto do surto de Covid-19 na China e seus impactos adversos no transporte e combustíveis industriais foram as principais causas dessa revisão em baixa”, disse a Opep em relatório.

Harvey Weinstein é condenado a 23 anos de prisão

Ex-produtor de cinema e ex-magnata de Hollywood, Harvey Weinstein foi condenado a 23 anos de prisão nesta quarta-feira.  Aos 67 anos, Harvey Weinstein foi condenado por estupro e agressão sexual no dia 24 de fevereiro, passou mal após o término do julgamento, foi submetido a uma cirurgia cardíaca e encaminhado ao presídio de Rykers Island, no Bronx, no dia 5 de março. Esta é a primeira vitória na Justiça do movimento #MeToo, que chacoalhou Hollywood e a indústria do entretenimento como uma todo. O júri considerou Weinstein culpado de agressão sexual em primeiro grau por praticar sexo oral forçado na ex-assistente de produção Mimi Haleyi, em julho de 2006, e por estupro em terceiro grau da ex-atriz Jessica Mann em março de 2013. Ele foi inocentado de outros dois delitos mais graves, que poderiam levá-lo à prisão perpétua: estupro em primeiro grau de Mann e de ser um predador sexual.

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