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Braga Netto é exonerado e tem caminho aberto para ser vice de Bolsonaro

Legislação eleitoral determina que servidores públicos que queiram ser candidatos precisam deixar o cargo

Funcionários públicos precisam deixar o cargo no máximo três meses antes das eleições (Isac Nóbrega/PR/Flickr)

Funcionários públicos precisam deixar o cargo no máximo três meses antes das eleições (Isac Nóbrega/PR/Flickr)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 1 de julho de 2022 às 13h33.

O general da reserva Walter Braga Netto (PL) foi exonerado nesta sexta-feira (1) do cargo de assessor especial do gabinete pessoal da Presidência. A saída do governo abre caminho para Braga Netto assumir a pré-candidatura a vice-presidente na chapa do presidente Jair Bolsonaro (PL). A legislação eleitoral determina que servidores públicos que queiram ser candidatos precisam deixar o cargo no máximo três meses antes das eleições, prazo a vencer no sábado, dia 2.

Para o lugar de Braga Netto, foi nomeado o até então secretário de Justiça, Vicente Santini, ligado à família Bolsonaro. Em 2020 ele ocupava cargo de secretário executivo da Casa Civil, mas chegou a ser demitido por alguns meses do governo após ter utilizado um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) para viajar à Suíça e à Índia, o que gerou uma crise junto à opinião pública.

As mudanças na Presidência constam da edição do Diário Oficial da União (DOU) desta sexta-feira, publicada já no final da manhã com atraso, devido a problemas técnicos da Imprensa Nacional.

Outros três assessores especiais de Bolsonaro foram exonerados hoje para concorrer nas eleições, como os pré-candidatos a deputados federais Mosart Aragão Pereira (PL-SP), tenente de carreira, e Max Guilherme (PL-RJ), ex-sargento do Bope. O assessor especial Tércio Arnaud (PL), conhecido pela ligação com o chamado "gabinete do ódio" formado dentro do Palácio do Planalto para atacar adversários de Bolsonaro, saiu do governo para ser candidato a primeiro suplente na chapa de Bruno Roberto (PL), que disputará o Senado pela Paraíba.

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