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Boulos: Congresso não tem moral para eleger presidente

Líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), Guilherme Boulos deu a declaração durante protesto em São Paulo

Ato DiretasJá, em São Paulo: líder do MTST participou do evento (Paulo Pinto/Agência Pública)

Ato DiretasJá, em São Paulo: líder do MTST participou do evento (Paulo Pinto/Agência Pública)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 4 de junho de 2017 às 16h40.

Última atualização em 2 de fevereiro de 2018 às 18h08.

São Paulo - O líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) Guilherme Boulos, também integrante da Frente Povo Sem Medo, afirmou neste domingo, 4, que "este Congresso não tem moral nem legitimidade política para escolher o presidente". Boulos deu a declaração no ato SP pelas Diretas Já, organizado por produtores culturais e artistas.

A manifestação reúne milhares de manifestantes no Largo da Batata, zona oeste da capital. Representantes de movimentos sociais que integram as frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo focaram a "falta de legitimidade" do Congresso, onde vários deputados e senadores são investigados por envolvimento com o esquema de corrupção revelado pela Lava Jato, para escolher um eventual sucessor do presidente Michel Temer.

Economista, professora da USP e integrante do movimento Queremos Prévias, Laura Carvalho disse que o momento exige mais participação popular e não o contrário. "A gente não quer o Michel Temer nem outro Michel Temer para fazer isso [reformas da Previdência e trabalhista]. A gente quer escolher. A gente quer mais participação e não menos participação", disse ela.

Representantes da União Nacional dos Estudantes (UNE), Central Única dos Trabalhadores (CUT), Levante Popular da Juventude e Círculo Palmariano, todos eles integrantes das frentes Brasil Popular e povo Sem Medo, também usaram a palavra. Entre os participantes do protesto havia desde pessoas sem ligação com grupos e movimentos sociais que foram ao Largo da Batata pedir a saída de Temer e realização de eleições diretas até militantes de partidos políticos e sindicatos com camisetas e bandeiras.

Muitos deles carregavam cartazes com outras pautas como a suspensão das reformas trabalhista e da Previdência, desmilitarização da Polícia Militar, legalização das drogas e ainda com frases contra o racismo, machismo e homofobia.

O ato teve início às 11h com o show do cantor Chico César, e vai até às 18h. Ao longo da tarde, além de blocos como o Acadêmicos do Baixo Augusta, a manifestação prevê apresentações de Mano Brown, Criolo, Emicida, Pitty e Péricles, entre outros artistas.

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