Brasil

Bombeiros soltos querem anistias criminal e administrativa

Mais de quatrocentos bombeiros já deixaram o quartel de Charitas e seguem agora para a Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro

Tenho certeza absoluta de que esse é um episódio que já está superado, que a hora é de olhar para a frente e de retomar a rotina dos serviços públicos, disse Cabral (Valter Campanato/AGÊNCIA BRASIL)

Tenho certeza absoluta de que esse é um episódio que já está superado, que a hora é de olhar para a frente e de retomar a rotina dos serviços públicos, disse Cabral (Valter Campanato/AGÊNCIA BRASIL)

DR

Da Redação

Publicado em 11 de junho de 2011 às 11h37.

Rio de Janeiro - Mais de quatrocentos bombeiros já deixaram o quartel de Charitas e seguem agora para a Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), onde centenas de colegas de farda estão acampados desde o final da semana passada. Amparados por um habeas corpus concedido na madrugada dessa sexta-feira (10) pelo desembargador Cláudio Brandão de Oliveira, os 439 bombeiros começaram a ser soltos durante esta madrugada assim que o alvará de soltura expedido pela juíza Ana Paula Figueiredo chegou ao quartel central dos bombeiros, em Charitas, Niterói.

Os líderes do movimento foram os primeiros a serem soltos. Eles deixaram o quartel da corporação reivindicando anistias criminal e administrativa e agradecendo o apoio recebido pela população durante o período em que estiveram detidos.

Durante toda a madrugada, parentes dos bombeiros presos fizeram vigília no quartel e comemoraram com queima de fogos quando os primeiros começaram a ser libertados. De braços dados, todos cantaram o hino da corporação. O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) atribuiu a demora na expedição dos alvarás de soltura a problemas na rede de informática em razão da sobrecarga provocada pela quantidade de documentos a serem expedidos simultaneamente.

Também na noite dessa sexta-feira o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MP-RJ) denunciou à Justiça todos os 429 bombeiros presos pela invasão do quartel central. Segundo o MP-RJ, a denúncia foi subscrita pelos promotores de Justiça Leonardo Cuña e Isabella Pena Lucas.

O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, disse ontem que para o Executivo fluminense o conflito envolvendo os militares do Corpo de Bombeiros era um assunto encerrado, um episódio já superado, mas que, do ponto de vista administrativo, o comando da corporação iria abrir um procedimento disciplinar para avaliar caso a caso.

Na avaliação do governador, o diálogo deve sempre prevalecer e a hierarquia e o Estado de Direito devem ser respeitados, o que não aconteceu na sexta-feira passada (3,) quando centenas de bombeiros ocuparam o quartel central da corporação exigindo melhores salários.
“Eu acho que houve uma situação completamente fora do Estado Democrático de Direito. Mas eu tenho certeza absoluta de que esse é um episódio que já está superado, que a hora é de olhar para a frente e de retomar a rotina dos serviços públicos", disse Cabral.

Acompanhe tudo sobre:cidades-brasileirasMetrópoles globaisRio de Janeiro

Mais de Brasil

Banco Central comunica vazamento de dados de 150 chaves Pix cadastradas na Shopee

Poluição do ar em Brasília cresceu 350 vezes durante incêndio

Bruno Reis tem 63,3% e Geraldo Júnior, 10,7%, em Salvador, aponta pesquisa Futura

Em meio a concessões e de olho em receita, CPTM vai oferecer serviços para empresas