Fortaleza: o prédio residencial desabou nesta terça-feira (Jose Eleomar/Reuters)
Estadão Conteúdo
Publicado em 16 de outubro de 2019 às 10h49.
Última atualização em 16 de outubro de 2019 às 10h50.
Fortaleza — O Corpo de Bombeiros do Ceará confirmou a morte de duas pessoas no desabamento do edifício Andréa, em Dionísio Torres, bairro nobre de Fortaleza. A queda do prédio deixou ainda nove feridos e oito desaparecidos na manhã desta terça-feira, 15.
Na manhã de terça, o Corpo de Bombeiros chegou a informar uma morte na tragédia, mas à noite o governo do Ceará voltou atrás e afirmou que ainda não havia a confirmação de óbitos. Após o desencontro de informações, no entanto, o comandante-geral da corporação, coronel Eduardo Holanda, confirmou, em entrevista coletiva, o encontro do primeiro corpo.
A primeira vítima encontrada foi um vendedor de água de um mercado vizinho ao prédio residencial de sete andares. Segundo Holanda, o homem de 30 anos estaria trabalhando em um mercadinho ao lado e acabou atingido pelo desmoronamento. "Oficialmente, esta é a primeira vítima fatal. Até agora, nós conseguimos retirar nove pessoas dos escombros, todas elas com vida", disse.
Na manhã desta quarta-feira, 16, mais um corpo foi encontrado. Segundo os bombeiros, a vítima é uma mulher e o local onde está o segundo corpo é de difícil acesso. A corporação informou que ainda não é possível utilizar máquinas pesadas e, por isso, não conseguiu resgatar o corpo, soterrado sob lajes.
A equipe está nos locais que os cães farejadores indicaram que possa haver possíveis vítimas. Os bombeiros ainda estão fazendo um trabalho de baixo impacto, evitando maquinário pesado porque isso poderia trazer instabilidade para o local.
O edifício Andréa se localizava na esquina das Ruas Tibúrcio Cavalcante e Tomás Acioli. O prédio caiu por volta de 10h15 desta terça.
O Ministério Público do Ceará informou em nota que vai adotar todas as providências necessárias pra apurar as responsabilidades e evitar que casos como este voltem a ocorrer no Estado.
Integrantes dos Núcleos de Investigação Criminal e Atendimento às Vítimas da Violência estão no local para acompanhar as investigações do desabamento e prestar apoio às pessoas resgatadas.
Além disso, uma força-tarefa com promotores das áreas do Meio Ambiente, Cidadania e de Políticas Urbanas e Fundiárias vai monitorar as ações junto aos diversos órgãos públicos para elaborar um levantamento da situação de outros prédios que estejam em situação irregular, levando risco à população. O objetivo é acionar as autoridades competentes e prevenir ocorrências dessa natureza.