Destroços da aeronave: bombeiro afirmou que ficou surpreso com a violência do acidente (REUTERS/Paulo Whitaker)
Da Redação
Publicado em 14 de agosto de 2014 às 11h09.
Santos - O tenente-coronel do 6º Grupamento do Corpo de Bombeiros de São Paulo, Roberto Lago, que assumiu a função de porta-voz da corporação, disse nesta quinta-feira, 14, que pretende encerrar por completo ao meio-dia as buscas pelos restos mortais das sete vítimas do acidente aéreo que matou o presidenciável Eduardo Campos (PSB) ontem em Santos.
De acordo com ele, os agentes realizam no momento a última varredura da área onde caiu o Cessna 560XL, prefixo PR-AFA. As autoridades acreditam que já foram recolhidos todos os vestígios.
Lago disse que no ponto zero do acidente, onde o jato tocou o chão, o trabalho acabou. Durante a madrugada, as equipes, com a utilização de retroescavadeira, encontraram a última parte do avião que faltava, a cabine. Nela, os bombeiros acharam mais restos mortais, provavelmente dos pilotos Geraldo da Cunha e Marcos Martins.
O tenente-coronel afirmou que ficou surpreso com a violência do acidente. Ele disse que participou das buscas realizadas nos acidentes com aviões da TAM em 1996 e 2007 e foi impossível não comparar as três situações. "Num primeiro momento, no acidente da TAM em Congonhas dava para identificar corpos de homens e mulheres. Neste (o de ontem) os corpos sumiram", disse, em relação à situação das vítimas encontradas em Santos.
Lagos disse que foram achados restos de corpos a 130 metros do ponto zero do acidente com o avião que transportava Campos. "Nunca vi uma violência tão grande", afirmou. A aeronave atingiu seis imóveis ao cair.