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Bolsonaro volta atrás em fundir Ministérios da Agricultura e Meio Ambiente

"Nós pretendemos proteger o meio ambiente sim, mas não criar dificuldade para o nosso progresso", afirmou o presidente eleito em entrevista

Jair Bolsonaro: presidente eleito ressaltou que irá buscar um ministro do Meio Ambiente "sem o caráter xiita" dos últimos governos (Ricardo Moraes/Pool/Reuters)

Jair Bolsonaro: presidente eleito ressaltou que irá buscar um ministro do Meio Ambiente "sem o caráter xiita" dos últimos governos (Ricardo Moraes/Pool/Reuters)

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Reuters

Publicado em 1 de novembro de 2018 às 16h55.

O presidente eleito Jair Bolsonaro afirmou nesta quinta-feira, 1, que os Ministérios da Agricultura e do Meio Ambiente devem permanecer separados, abandonando a proposta de uma fusão entre as pastas.

"Tivemos uma ideia que seria a fusão do Ministério do Meio Ambiente e da Agricultura, (mas) pelo que tudo indica serão dois ministérios distintos, mas com uma pessoa voltada para a defesa do meio ambiente sem o caráter xiita como feito nos últimos governos", disse Bolsonaro em entrevista a TVs católicas.

"Nós pretendemos proteger o meio ambiente sim, mas não criar dificuldade para o nosso progresso. Por exemplo, muitas vezes você precisa de uma licença ambiental, isso leva 10 anos ou mais e dificilmente se consegue. Isso não vai continuar existindo", acrescentou.

Na terça-feira, o futuro chefe da Casa Civil, deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS), afirmou que as pastas de Agricultura e do Meio Ambiente seriam unificadas. No entanto, um dia depois, Luiz Antônio Nabhan Garcia, aliado do presidente eleito e líder da União Democrática Ruralista (UDR), disse que Bolsonaro ainda não havia se decidido.

O ministro da Agricultura, Blairo Maggi, posicionou-se de maneira frontalmente contrária à proposta de fusão dos ministérios, afirmando que a decisão "trará prejuízos incalculáveis ao agronegócio brasileiro".

O atual ministro do Meio Ambiente, Edson Duarte, também criticou a medida. Em nota, disse que o superministério teria "dificuldades operacionais" que poderiam prejudicar as duas agendas e resultar em retaliação comercial por parte de países importadores de produtos agropecuários.

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