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Bolsonaro volta ao Nordeste para inaugurar obras no Rio Grande do Norte

Em sua quarta visita à região em menos de dois meses, o presidente vai entregar moradias, assistir à perfuração de poço e apoiar criadores de camarão

Jair Bolsonaro: o presidente leva dois ministros potiguares em sua comitiva para o Rio Grande do Norte (Bruna Prado / Correspondente/Getty Images)

Jair Bolsonaro: o presidente leva dois ministros potiguares em sua comitiva para o Rio Grande do Norte (Bruna Prado / Correspondente/Getty Images)

Em sua quarta viagem à região Nordeste em menos de dois meses, o presidente Jair Bolsonaro visita nesta sexta-feira (21) o interior do Rio Grande do Norte. Sua agenda prevê a inauguração de moradias e de obras hídricas, a entrega de títulos de propriedade a assentados rurais e o anúncio de medidas de apoio a produtores de camarões.

De acordo com a programação divulgada pelo governo, Bolsonaro deve desembarcar em Mossoró, no oeste do estado, e participar às 10h de uma solenidade de entrega de 300 unidades habitacionais no Residencial Mossoró I, construído em parceria entre a prefeitura e o governo federal, por meio da Caixa Econômica, dentro do programa Minha Casa Minha Vida. Serão entregues também armamentos e cinco viaturas pelo programa Pró-Vida, do Ministério da Justiça e Segurança Pública.

Depois, Bolsonaro deve seguir para o município de Ipanguaçu, a 65 quilômetros de Mossoró. Ali, às 12h30, na Comunidade Angélica, na zona rural, o presidente vai acompanhar a perfuração de um poço, executada pelo Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs). No mesmo local, fará a entrega simbólica de 23 sistemas de dessalinização, que servem para tornar a água salobra própria para o consumo. Bolsonaro deve anunciar uma ampliação de crédito para os produtores de camarão da região – o Rio Grande do Norte é responsável por 43% da produção brasileira do setor.

Ainda em Ipanguaçu, o presidente deve entregar títulos de domínio a 1.060 famílias de agricultores assentados de 13 municípios. Durante a cerimônia, o Ministério da Agricultura deve anunciar o início das obras de uma adutora, de um reservatório e de recuperação de estradas vicinais, com investimentos de 2,9 milhões de reais. Já o Ministério das Comunicações deve anunciar medidas para ampliar o acesso da população à internet, por meio do Programa Wi-Fi na Praça, além de doar 30 computadores recondicionados a escolas públicas e telecentros da região.

Em sua viagem, Bolsonaro estará acompanhado dos ministros Rogério Marinho (Desenvolvimento Regional), Fábio Faria (Comunicações) e Tereza Cristina (Agricultura, Pecuária e Abastecimento). Marinho e Faria são potiguares. Faria é tido como possível candidato a senador pelo estado daqui a dois anos. Já o nome de Marinho tem sido especulado como possível candidato de Bolsonaro a governador do Rio Grande do Norte em 2022. O ministro do Desenvolvimento Regional é apontado como líder da ala do governo que deseja “furar” o teto de gastos públicos para investir em obras e em programas sociais, contrariando o ministro da Economia, Paulo Guedes, que defende a austeridade fiscal.

O Rio Grande do Norte é governado por Fátima Bezerra, do PT. Ela foi a única mulher eleita governadora no país em 2018, quando venceu a eleição com o maior número de votos na história do estado. Vista como candidata natural à reeleição em 2022, Bezerra não foi convidada a participar das cerimônias de hoje com Bolsonaro no interior do estado. A governadora disse, no entanto, que seus secretários de Recursos Hídricos, de Agricultura e Pesca e de Segurança Pública representarão o seu governo nas solenidades.

Bolsonaro, atualmente sem partido, tem afirmado que não está em campanha eleitoral. As mais recentes pesquisas o colocam em primeiro lugar na disputa pelo Palácio do Planalto, em todos os possíveis cenários, em 2022. O Nordeste foi a única região em que Bolsonaro foi derrotado pelo petista Fernando Haddad no segundo turno da eleição presidencial de 2018. Nos últimos dois meses, o presidente participou da inauguração de um trecho da transposição do Rio São Francisco no Ceará, de sistemas de abastecimento de água no Piauí e na Bahia e de uma usina termelétrica em Sergipe.

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