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Bolsonaro: Temer roubou muita coisa, meu discurso não vai roubar

Apesar de ter votado favoravelmente ao decreto que aprovou a intervenção na madrugada desta terça-feira, o deputado fez críticas à medida

Bolsonaro: "É uma intervenção política que ele está fazendo. Se der certo, eu vou torcer para que dê certo, glória dele. Se der errado, joga a responsabilidade no colo das Forças Armadas" (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

Bolsonaro: "É uma intervenção política que ele está fazendo. Se der certo, eu vou torcer para que dê certo, glória dele. Se der errado, joga a responsabilidade no colo das Forças Armadas" (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 20 de fevereiro de 2018 às 13h53.

Rio de Janeiro - O deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ) chamou de "política" a intervenção na segurança pública do governo federal no Rio de Janeiro. O posicionamento foi feito em um vídeo publicado em seu perfil no Twitter, na manhã desta terça-feira, 20. Apesar de ter votado favoravelmente ao decreto que aprovou a intervenção na madrugada desta terça-feira, Bolsonaro fez críticas à medida, principalmente ao ser questionado por um interlocutor se ele acha que o presidente Michel Temer está "tentando roubar o seu discurso".

"Temer já roubou muita coisa aqui, mas o meu discurso ele não vai roubar, não", disse. "É uma intervenção política que ele está fazendo. Ele agora está sentado, lá não sei aonde, tranquilo, deitado. Se der certo, eu vou torcer para que dê certo, glória dele. Se der errado, joga a responsabilidade no colo das Forças Armadas", completou.

No vídeo, Bolsonaro disse ainda que, "se fosse presidente", seu decreto seria "bastante diferente" e defendeu uma espécie de "retaguarda jurídica" para os agentes que disparassem contra supostos criminosos em operações. "O que nós precisamos no Rio de Janeiro, agora, é que esses homens que vão estar nessa operação, após o cumprimento de qualquer operação, caso venha abater alguém, respondam, mas não tenha punição para eles", disse.

Para o deputado, a medida corre o risco de ser paliativa. "Vai durar por 20, 30 dias e depois volta tudo ao normal novamente", previu. Bolsonaro aproveitou ainda para voltar a defender a posse de arma de fogo para "o cidadão de bem".

O Palácio do Planalto afirmou que não irá se pronunciar sobre as declarações do deputado.

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