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Bolsonaro tem reunião com embaixadores sobre segurança das urnas

O próprio Bolsonaro já adiantou que pretende apresentar na ocasião um PowerPoint com suas desconfianças - nunca comprovadas - em torno do sistema eleitoral brasileiro

Bolsonaro: Acompanham o presidente no encontro os ministros Carlos França (Relações Exteriores) e Ciro Nogueira (Casa Civil) (Isac Nóbrega/PR/Flickr)

Bolsonaro: Acompanham o presidente no encontro os ministros Carlos França (Relações Exteriores) e Ciro Nogueira (Casa Civil) (Isac Nóbrega/PR/Flickr)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 18 de julho de 2022 às 11h25.

Última atualização em 18 de julho de 2022 às 11h46.

Fora da agenda oficial, o presidente Jair Bolsonaro (PL), pré-candidato à reeleição, promove nesta segunda-feira, 18, às 16 horas, no Palácio da Alvorada, reunião com embaixadores estrangeiros. Embora o convite enviado aos representantes de outros países não detalhe o tema do encontro, o próprio Bolsonaro já adiantou que pretende apresentar na ocasião um PowerPoint com suas desconfianças - nunca comprovadas - em torno do sistema eleitoral brasileiro.

Devem haver, ainda, críticas à suposta falta de isenção dos ministros Luís Roberto Barroso, Edson Fachin e Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Acompanham o presidente no encontro os ministros Carlos França (Relações Exteriores) e Ciro Nogueira (Casa Civil). O ex-ministro da Defesa e pré-candidato a vice na chapa à reeleição, Walter Braga Netto, também deve participar. Os presidentes do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Edson Fachin, chegaram a ser convidados, mas declinaram.

Neste domingo, 17, em conversas com jornalistas em frente ao Palácio da Alvorada, Bolsonaro declarou que 40 embaixadores já confirmaram presença na reunião, mas não especificou quais.

Nos bastidores, integrantes do Itamaraty mostram desconforto em misturar o aparato diplomático com os rompantes político-eleitorais do presidente. Para a oposição, Bolsonaro, eleito pela urna eletrônica, ataca o sistema eleitoral brasileiro com o objetivo de preparar o discurso para "melar" as eleições caso seja derrotado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), pré-candidato ao Palácio do Planalto e líder nas pesquisas de intenção de voto.

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