(Alan Santos/PR/Flickr)
Estadão Conteúdo
Publicado em 7 de junho de 2022 às 14h51.
O presidente da República, Jair Bolsonaro, sinalizou nesta terça-feira que não haverá reajuste salarial ao funcionalismo público em 2022, como demandam as categorias. "Lamento, pelo que tudo indica, não será possível dar nenhum reajuste ao servidor no corrente ano. Mas já está na legislação nossa, que foi mandada para o Parlamento, de que para o ano que vem nós teremos reajuste e reestruturações", afirmou, em entrevista ao SBT News.
De acordo com o presidente, outras carreiras não admitem que haja reestruturação só de algumas. "Quando você fala em estruturar uma carreira, as outras não admitem sem que a delas também sejam reestruturadas, e não tem recurso para tal."
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O presidente da República declarou ainda que o Auxílio Brasil será mantido em R$ 400 até dezembro, mas pode ter o valor alterado no ano que vem. "Tem um limite, até pela lei eleitoral. O Auxílio Brasil fica em R$ 400 até dezembro e no ano que vem é possível mexer nesse valor", afirmou.
O governo, no entanto, considerou elevar o benefício ainda neste ano mediante a edição de um decreto de calamidade pública, o que ainda não foi descartado pelo presidente.
Após reclamar, mais uma vez, das amarras do teto de gastos, Bolsonaro avaliou nesta terça-feira que mudanças na âncora fiscal podem ser discutidas após as eleições. "Algumas coisas você pode mexer no teto de gastos como já há propostas pela equipe do Paulo Guedes. Mas a gente vai deixar para discutir isso depois das eleições mudança no teto. Você poderia tirar alguma coisa dos gastos obrigatórios? Poderia", afirmou, na entrevista ao SBT News.
E sinalizou: "Nós tivemos excesso de arrecadação no ano passado em 300 bilhões de reais. Não fizemos nada com esse recurso, foi para abater dívida interna nossa. Uma coisa ou outra você poderia mexer."
Bolsonaro destacou, no entanto, que qualquer mudança precisa ser feita "com responsabilidade".
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