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Bolsonaro segue na UTI e tem evolução clínica estável após nova cirurgia

Candidato, que lidera a corrida presidencial, passou na noite de quarta por uma cirurgia após detecção de aderência nas paredes do intestino

Bolsonaro: O hospital informou que não há previsão de o presidenciável receber alta da UTI (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

Bolsonaro: O hospital informou que não há previsão de o presidenciável receber alta da UTI (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

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Reuters

Publicado em 13 de setembro de 2018 às 20h45.

Última atualização em 5 de novembro de 2019 às 15h33.

São Paulo - O candidato do PSL à Presidência, Jair Bolsonaro, segue internado na Unidade de Terapia Intensiva do hospital Albert Einstein nesta quinta-feira e tem "evolução clínica estável" após passar por uma cirurgia de urgência na noite anterior, segundo boletim médico divulgado no início da noite.

"(Bolsonaro) está recebendo analgésicos para controle de dor e não apresentou sangramentos ou outras complicações após o procedimento. Permanece afebril, sem sinais de infecção e com função renal normal", afirmou o boletim.

O hospital informou ainda que não há previsão de o presidenciável receber alta da UTI.

Bolsonaro, que lidera a corrida presidencial, passou na noite de quarta por uma cirurgia para desobstrução intestinal depois que exames detectaram aderência nas paredes do intestino.

Ele foi alvo de uma facada há uma semana quando fazia campanha em Juiz de Fora (MG) e passou por uma delicada cirurgia na Santa Casa de Misericórdia da cidade mineira por conta de ferimentos nos intestinos grosso, delgado e em uma veia abdominal.

Nesta tarde, foi publicado na conta de Bolsonaro no Twitter um agradecimento do presidenciável àqueles que se preocuparam com sua saúde na noite de quarta, assim como funcionários do hospital.

"Aos que se preocuparam e fizeram suas orações na noite passada, o meu muito obrigado! Tudo correu bem, graças a Deus e aos que estão cuidando de minha saúde e recuperação, faxineiros, enfermeiros, psicólogo, fisioterapeuta e médicos. Seguimos firmes!", escreveu ele na rede social.

Outro tuíte mostrava uma foto comemorativa pela marca de 1,4 milhão de seguidores na rede social.

Mais cedo, pessoas próximas a Bolsonaro disseram que o presidenciável deve ficar fora de "agendas de rua" no primeiro turno da campanha eleitoral.

"Minha avaliação é que, para esses atos que é o contato com massa, povão, não vejo essa condição física de fazer isso em primeiro turno", disse à Reuters o coordenador de campanha de Bolsonaro em São Paulo, deputado Major Olimpio (PSL-SP), ao considerar que não vê problema de que ele filme ou faça lives (gravações ao vivo) para serem divulgadas nas redes sociais, o principal meio de veiculação de campanha de Bolsonaro.

"Quem vai dizer o que o Bolsonaro vai fazer é o médico, não é o calendário eleitoral, nem marqueteiro", disse o deputado federal, que esteve na manhã desta quinta no hospital para obter detalhes sobre a recuperação do presidenciável.

O candidato a vice na chapa de Bolsonaro, o general da reserva Hamilton Mourão, reconheceu, também em entrevista à Reuters, que a nova cirurgia pela qual o presidenciável passou vai atrasar seu retorno à campanha eleitoral, embora não tenha precisado se essa volta pode ocorrer antes do primeiro turno, marcado para 7 de outubro.

"Vai atrasar a volta dele para atividade. Não dá para dizer prazo disso aí (se volta antes do primeiro turno). Nessa ânsia de quando vai voltar, isso acaba até causando mais estresse para ele", afirmou Mourão, que é filiado ao PRTB.

 

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