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Bolsonaro segue estável na UTI e novos procedimentos são descartados, diz boletim médico

Segundo o documento, o ex-presidente está "estável clinicamente e sem novos picos de elevação da pressão arterial". Na quinta-feira, Bolsonaro teve uma "piora clínica"

 (Instagram/Reprodução)

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André Martins
André Martins

Repórter de Brasil e Economia

Publicado em 25 de abril de 2025 às 10h53.

Última atualização em 25 de abril de 2025 às 11h10.

O quadro clínico do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) é considerado estável e a equipe médica descarta, neste momento, uma nova cirurgia, segundo boletim médico divulgada na manhã desta sexta-feira, 25, pelo Hospital DF Star, em Brasília. Bolsonaro segue internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

Na quinta-feira, um boletim afirmou que Bolsonaro teve uma "piora clínica", com aumento da pressão arterial e piora nos exames hepáticos. 

Segundo o documento, o ex-presidente está "estável clinicamente e sem novos picos de elevação da pressão arterial". Tomografias de tórax e abdômen mostraram uma evolução normal de pós-operatório, o que descarta complicações ou necessidade de novos procedimentos. 

" [Bolsonaro] continua em jejum oral e com pausa temporária da nutrição parenteral. Segue com a fisioterapia motora e as medidas de prevenção de trombose venosa. Persiste a recomendação de não receber visitas e não há previsão de alta da UTI", diz o Boletim. 

Bolsonaro está internado há 13 dias na unidade de saúde após precisar passar por mais uma cirurgia para tratar uma "suboclusão intestinal" — uma obstrução parcial do intestino. No início de abril, o ex-presidente passou mal durante uma viagem no interior do Rio Grande do Norte. Ele foi transferido para Natal e depois para Brasília.

Esta foi a sexta cirurgia realizada por Bolsonaro desde 2018, quando sofreu um atentado a faca durante a campanha presidencial. Todas as operações são consequência das sequelas desse ataque.

Histórico médico de Bolsonaro

Desde a facada em 2018, Bolsonaro já foi internado por mais de dez vezes. Em 2024, passou por check-ups. Em 2023, foi hospitalizado por três vezes, quando passou por uma cirurgia para amenizar quadros de suboclusão intestinal e refluxo gástrico esofágico.

Em 28 de março de 2022, o ex-presidente passou um dia internado após sentir um desconforto abdominal. Havia a suspeita de uma nova obstrução intestinal, mas o quadro não se confirmou.

Em janeiro do mesmo ano, Bolsonaro ficou dois dias no Hospital Vila Nova Star, em São Paulo, por causa de uma obstrução no intestino. À época, o médico-cirurgião que o acompanha desde que foi ferido, Antônio Luiz Macedo, afirmou que o quadro foi ocasionado por um "camarão não mastigado".

No mês de julho de 2021, após um soluço insistente que durou 11 dias, o ex-presidente realizou exames no Hospital das Forças Armadas (HFA), em Brasília, e foi constatada uma obstrução intestinal. Ele foi transferido para o Vila Nova Star. Na ocasião, ele passou oito dias internado.

Em 25 de setembro de 2020, Bolsonaro foi submetido a uma cirurgia para a retirada de um cálculo na bexiga, no Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo. Ele recebeu alta médica no dia seguinte.

No primeiro ano de seu governo, em 8 de setembro de 2019, o ex-presidente foi submetido a uma cirurgia para a correção de uma hérnia incisional — a condição foi uma decorrência de sucessivos procedimentos na região do abdômen. O procedimento ocorreu no Vila Nova Star. Bolsonaro deixou o hospital oito dias depois.

Também em 2019, Bolsonaro passou por uma cirurgia para a retirada da bolsa de colostomia que usava desde que fora esfaqueado. O procedimento ocorreu em 28 de janeiro, seu primeiro mês de governo, no Albert Einstein, e durou cerca de sete horas.

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