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Bolsonaro sanciona lei que criminaliza incentivo à automutilação

Pelo texto aprovado pelo presidente, em caso de morte, pena poderá ser reclusão de 2 a 6 anos dos responsáveis

Jair Bolsonaro; presidente vai sancionar lei aprovada pelo Congresso que criminaliza a automutilação (Adriano Machado/Reuters)

Jair Bolsonaro; presidente vai sancionar lei aprovada pelo Congresso que criminaliza a automutilação (Adriano Machado/Reuters)

AO

Agência O Globo

Publicado em 27 de dezembro de 2019 às 06h26.

Brasília — O presidente da República, Jair Bolsonaro, sancionou projeto de lei aprovado pelo Congresso que criminaliza a incitação à automutilação. A nova legislação será publicada nesta sexta-feira (27), no Diário Oficial da União (DOU).

A pena para quem cometer este crime será de reclusão de 1 a 3 anos se a conduta do criminoso resultar em lesão corporal grave ou gravíssima e de reclusão de 2 a 6 anos se houver morte. O Código Penal já tipifica o crime de induzir ao suicídio, mas houve uma alteração para da regra para incluir a automutilação.

A duplicação da pena para os casos de a vítima ser menor de idade ou ter sua capacidade de resistência diminuída continua valendo, assim como para o crime praticado por motivo egoístico. São acrescentados agravantes para motivos torpe ou fútil.

Na justificativa apresentada para a sanção, Bolsonaro registra que "especialistas afirmam que o mundo online em que as crianças e adolescentes estão inseridos pode estar contribuindo" para o cenário de casos de automutilação de jovens.

"Nesse ambiente, os jovens se sentem pressionados pelas redes sociais a seguirem certo estilo de vida, como uma necessidade de reafirmação e de inserção entre outros jovens e, muitos desses grupos nas redes sociais, incentivam e estimulam a prática da automutilação entre crianças e adolescentes para serem aceitos em determinado círculo social".

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