Voto impresso: Lira disse que a decisão visa pacificar as eleições de 2022 (Luis Macedo/Câmara dos Deputados/Agência Câmara)
Reuters
Publicado em 9 de agosto de 2021 às 09h50.
Última atualização em 9 de agosto de 2021 às 12h26.
O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), afirmou nesta segunda-feira que conversou com o presidente Jair Bolsonaro sobre a decisão de levar a PEC do voto impresso para votação no plenário da Casa, e que recebeu garantias do chefe do Executivo de que respeitaria a decisão dos deputados.
"O resultado do plenário nossa expectativa é que os Poderes acatem com naturalidade e respeitem", disse Lira em entrevista à rádio CBN. "O presidente Bolsonaro me garantiu que respeitaria o resultado do plenário."
Segundo o presidente da Câmara, a PEC deve ser votada já nesta semana, na terça ou na quarta, e a expectativa é de derrota do projeto, que é amplamente defendido por Bolsonaro.
"Temos uma média de 15 ou 16 partidos contrários ao voto impresso, acho que as chances de aprovação podem ser poucas", disse Lira.
O presidente da Câmara anunciou na sexta-feira que levaria a proposta sobre a implantação do voto impresso pela urnas eletrônicas nas eleições ao plenário da Casa, apesar de a proposta ter sido derrotada em comissão especial sobre o tema na véspera.
Lira disse que a decisão visa pacificar as eleições de 2022, depois que o tema do voto impresso se tornou motivo de enorme tensão entre Bolsonaro --ferrenho defensor da proposta-- e a cúpula do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que defende a lisura do sistema atual.
Como se trata de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC), para a mudança ser aprovada precisa do apoio de 308 dos 513 deputados em dois turnos de votação e depois, também em duas rodadas, os votos de 49 dos 81 senadores.
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