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Bolsonaro recua em indicação ao Cade; China prende manifestante

Bolsonaro: presidente decidiu alterar indicação feita para a procuradoria do Cade (Adriano Machado/Reuters)

Bolsonaro: presidente decidiu alterar indicação feita para a procuradoria do Cade (Adriano Machado/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 30 de agosto de 2019 às 07h07.

Última atualização em 30 de agosto de 2019 às 07h29.

Bolsonaro recua em indicação ao Cade 

O presidente Jair Bolsonaro decidiu alterar a indicação que havia feito na última sexta-feira 23 para a procuradoria do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). Em despacho publicado no Diário Oficial da União desta quinta-feira 29, o presidente indica o nome de Walter de Agra Júnior para ser reconduzido ao cargo de procurador-chefe do Cade. Na semana passada, ele havia indicado para a procuradoria o nome de Lenisa Rodrigues Prado. No novo despacho publicado nesta quinta, o Planalto anula essa mensagem de indicação feita no dia 23. Na última sexta, o presidente já havia indicado outros três nomes para o conselho do Cade: Luiz Augusto Azevedo de Almeida Hoffmann, Luiz Henrique Bertolino Braido e Sérgio Costa Ravagnani. As indicações ao Cade têm sido foco de pressão de senadores em meio às negociações para a indicação do filho de Jair Bolsonaro, o deputado Eduardo Bolsonaro, para o posto de embaixador do Brasil em Washington.

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Previdência: Congresso quer acelerar PEC de estados e municípios

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, e da Câmara, Rodrigo Maia, anunciaram um acordo para acelerar a tramitação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) paralela à reforma da previdência. A ideia é votar o texto ainda este ano – embora admitam que a tramitação é mais difícil na Câmara. O acordo foi fechado com o relator da reforma no Senado, Tasso Jereissati, e anunciado após reunião na residência oficial da Câmara. Apesar do compromisso de votar a PEC paralela ainda este ano em ambas as casas, a negociação não envolve o conteúdo da proposta. Além da inclusão de Estados e municípios na reforma, Jereissati quer incluir onerações para o agronegócio e entidades filantrópicas em seu parecer. Alcolumbre afirmou que a PEC paralela deverá ser concluída no Senado no fim de novembro. O texto começará a tramitar após o primeiro turno da PEC principal da Previdência, cuja votação no plenário está programada para 24 de setembro.

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Governo lança programa “Em frente, Brasil”

O governo federal lançou nesta quinta-feira, 29, o programa “Em frente, Brasil“, com foco no combate aos crimes violentos no país. Um projeto-piloto será implementado em cinco cidades, uma em cada região do Brasil. No Norte, em Ananindeua (PA), no Nordeste, em Paulista (PE), no Sudeste, em Cariacica (ES), no Sul, em São José dos Pinhais (PR) e no Centro-Oeste, em Goiânia (GO). O ponto de partida do programa é a “implementação de soluções customizadas às realidades regionais”, de acordo com o Ministério da Justiça. A proposta, explica a pasta, alia medidas de segurança pública a ações sociais e econômicas, para “promover a transformação das regiões, por meio da cooperação e da integração entre estados, municípios e União”. O projeto tem como foco os crimes violentos, como homicídios, feminicídios, estupros, latrocínios e roubos. “Os municípios serão atendidos por meio da atuação transversal e multidisciplinar de iniciativas nas áreas da educação, saúde, habitação, emprego, cultura, esporte e programas sociais do governo”, diz texto do Ministério da Justiça. A expectativa é de que o projeto-piloto seja aplicado em até seis meses e, a partir de fevereiro de 2020, o governo comece a expandir as iniciativas para outros municípios.

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Indonésia abre mercado para carne brasileira

A Indonésia decidiu abrir o seu mercado para a importação de carnes do Brasil. Dez frigoríficos nacionais serão habilitados a exportar pelo menos 25 mil toneladas de carne bovina. Segundo a ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, a abertura do mercado da Indonésia para a carne brasileira como é uma conquista para o setor e uma boa notícia para a economia. “Isso é bom para o nosso PIB, é bom para o nosso produtor rural, que tenha mais gente comprando carne para exportar, é bom para os nossos frigoríficos que podem continuar gerando emprego”, disse. Em maio, Tereza Cristina esteve reunida com o ministro da Agricultura da Indonésia, Amran Sulaiman, quando discutiu sobre a abertura do mercado de carnes brasileiras para o país asiático. Na ocasião, a ministra disse que os frigoríficos brasileiros têm condições de suprir a demanda por carne dos indonésios, principalmente bovina, sendo um fornecedor alternativo e com preços mais baratos em relação ao produto australiano, de onde vem a maior parte da carne consumida no país.

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Azul estreia na ponte Rio-São Paulo

Durante 11 anos, a Azul se orgulhou de fazer das rotas aéreas pelo interior do Brasil um negócio forte e rentável como nenhuma outra companhia havia conseguido antes. Mas considera a entrada na ponte aérea Rio-São Paulo, ligando os aeroportos Santos Dumont e Congonhas, o ponto mais alto de sua história. Nesta quinta-feira 29, decolou às 7h30 do aeroporto paulistano o primeiro voo da Azul na linha mais lucrativa do país – e quarta do mundo. Com festa no saguão, músicos tocando MPB ao vivo (“Azul”, de Djavan) e funcionários pulando e dançando, o presidente da empresa, John Rodgerson, discursou. “Chegamos. Estamos muito felizes. O aumento da concorrência é ótimo para o consumidor e para os aeroviários. Os preços das passagens vão cair e o duopólio que atuava na ponte aérea vai ser obrigado a melhorar a qualidade do serviço”, disse Rodgerson. 

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China prende ativista em Hong Kong

O ativista pró-democracia Joshua Wong foi preso pelas autoridades de Hong Kong nesta sexta-feira. Wong se tornou conhecido como um dos principais nomes das manifestações que paralisaram a cidade em 2014, e era um dos principais rostos da nova onda de manifestações por democracia nas últimas semanas. Nos últimos anos, foi preso em pelo menos três ocasiões; na última, em junho, ficou um mês detido. Andy Chan, outro líder de um partido pró-independência, foi detido no aeroporto internacional de Hong Kong, quando tentava embarcar para o Japão.

Presidente da Itália autoriza Conte a formar novo governo

Em anúncio nesta quinta-feira 29, o presidente italiano Sergio Mattarella reconduziu Giusepe Conte ao cargo de primeiro-ministro com o objetivo de formar um novo governo. O Movimento 5-Estrelas e o Partido Democrático (PD), de oposição, expressaram interesse em uma coalizão, deixando de lado anos de hostilidade para evitar uma eleição antecipada e aliviar as incertezas econômicas. Após dias de negociações, os líderes do 5-Estrelas e do PD disseram ao presidente da Itália que o novo governo deveria ser novamente liderado pelo primeiro-ministro Giuseppe Conte. A coalizão anterior, feita pelo 5-Estrelas e pelo partido de extrema-direita Liga, entrou em colapso quando o líder da Liga Matteo Salvini saiu da aliança, esperando a realização de uma eleição antecipada na qual ele poderia faturar em cima de sua alta popularidade. Mas o tiro saiu pela culatra quando Conte se recusou a renunciar imediatamente, dando tempo ao 5-Estrelas e ao PD para tentarem formar um novo governo, o que antes parecia impossível. “A única coisa que os une é ódio deles pela Liga”, disse Salvini, após uma reunião com o presidente Sergio Mattarella em uma tentativa de convencê-lo a convocar novas eleições.

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Dissidentes das Farc retomam luta armada

Iván Márquez, ex-número dois das Farc, reapareceu nesta quinta-feira 29 em um vídeo anunciando uma nova etapa da luta armada na Colômbia. Na gravação postada em um canal do YouTube, Márquez diz que “a segunda Marquetalia (berço histórico da rebelião armada) começou sob proteção do direito universal que ajuda todos os povos do mundo a se levantarem contra a opressão”. Nas selvas do sudeste da Colômbia, o ex-negociador da paz também acrescentou que seu anúncio é a “continuação da luta de guerrilha em resposta à traição do Estado aos acordos de paz de Havana”. Os acordos de paz levaram ao desarmamento de cerca de 7.000 homens e mulheres em 2017. Também deram origem ao partido político Farc (Força Comum Alternativa Revolucionária), formado por ex-guerrilheiros.

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