Geraldo Alckmin, candidato do PSDB à presidência, ataca Bolsonaro (Vanessa Carvalho/Getty Images)
Estadão Conteúdo
Publicado em 23 de setembro de 2018 às 10h26.
Última atualização em 8 de outubro de 2018 às 12h58.
Matéria publicada em 23 de setembro de 2018
São Paulo - Em encontro com um grupo de empresários em São Paulo, Geraldo Alckmin afirmou que uma eleição de Jair Bolsonaro (PSL) pode ser até pior para o País do que a volta do PT ao poder, mas rechaçou apoiar qualquer um dos adversários caso fique de fora do segundo turno, de acordo com relato de três fontes presentes.
A reunião ocorreu no início desta semana num escritório no bairro do Itaim Bibi. Participaram da conversa empresários como Meyer Nigri, da construtora Tecnisa, Elie Horn, fundador e sócio da Cyrela, Eugênio Mattar, sócio e presidente da Localiza, José Ricardo Rezek, presidente da incorporadora Rezek, Helio Seibel, sócio do grupo Ligna, entre outros.
Relatos de que o tucano teria indicado durante o encontro apoio do PSDB ao PT contra Bolsonaro circularam pelas redes sociais e em grupos de WhatsApp no sábado. A confusão forçou Alckmin a gravar um vídeo negando tal intenção.
"Isto não existe. Somos contra o PT como também somos contra Jair Bolsonaro. Achamos que o Brasil só perde com radicalismos", afirmou, pedindo que os apoiadores combatam o que chamou de "fake news".
O empresário Meyer Nigri, um dos presentes ao encontro, disse ao Estado que Alckmin não apoiaria nem o PT nem Bolsonaro. "Gosto muito do Alckmin. Temos uma ótima relação, além de vários amigos em comum. Acredito nele quando afirma isto".
Os áudios com relatos do encontro chegaram a ser compartilhados por integrantes da campanha de Bolsonaro. Num deles, uma mulher diz que seu marido esteve na reunião com Alckmin juntamente com outros representantes da comunidade judaica e que, na reunião, o tucano havia "verbalizado" que o apoio do PSDB iria para Fernando Haddad no segundo turno.