Brasil

Bolsonaro: onde o Estado brasileiro está, dificilmente as coisas dão certo

Fase foi dita durante transmissão ao vivo no Facebook, ao lado dos ministro de Relações Exteriores e da Saúde

Bolsonaro: na live desta quinta-feira (14), presidente criticou governos anteriores (Ueslei Marcelino/Reuters)

Bolsonaro: na live desta quinta-feira (14), presidente criticou governos anteriores (Ueslei Marcelino/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 14 de março de 2019 às 20h09.

Brasília - O presidente Jair Bolsonaro afirmou na noite desta quinta-feira (14), que "onde o Estado brasileiro está, dificilmente as coisas dão certo". A frase foi dita durante transmissão ao vivo no Facebook, ao lado dos ministro de Relações Exteriores, Ernesto Araújo, e da Saúde, Luiz Henrique Mandetta. Bolsonaro fazia referência ao leilão da concessão de 12 aeroportos da Infraero que ocorrerá nesta sexta-feira, 15.

"Amanhã, sexta-feira, nosso ministro da Infraestrutura, o Tarcísio [de Freitas], estará em São Paulo, na Bolsa de Valores, onde estamos anunciando por concessão 12 aeroportos, buscando tirar do Estado esse peso que infelizmente onde o Estado brasileiro está, dificilmente as coisas dão certo", disse o presidente.

Bolsonaro também fez críticas aos governos anteriores e afirmou que identificou irregularidades em pastas e secretarias, sem especificar quais seriam elas. "Cada vez que a gente vai e mergulha fundo em um ministério, em uma secretaria a gente acha muita coisa errada. A certeza que tínhamos é que Brasil não tinha como dar certo se continuasse fazendo aquela velha política de negociação. Que pesem bons ministros, tivemos em governos anteriores, mas como regra o objetivo não era para atender interesses da população, e sim de uns poucos", avaliou.

Durante a transmissão ao vivo de menos de 15 minutos, Bolsonaro não citou a reforma da Previdência, mas falou rapidamente sobre articulação política, reafirmando que não quer negociar cargos. Segundo ele, os parlamentares estão entendendo a sua forma de fazer política. "Os parlamentares vem entendendo... Não temos pressão por ministérios, e os parlamentares entenderam que o caminho é esse: escolhendo pessoas técnicas para que exerçam bom trabalho para a população e para o nosso Brasil."

Apesar da resistência, Bolsonaro teve uma reunião no último final de semana com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), para tratar das indicações. Na ocasião, disse que se opõe à nomeação de indicados políticos para cargos federais nos Estados, mas impôs como condição que os indicados tenham boa reputação. O governo está criando um "banco de talentos" para estabelecer critérios técnicos para essas nomeações.

Acompanhe tudo sobre:FacebookJair Bolsonaro

Mais de Brasil

Enem terá pré-inscrição automática para estudantes do 3º ano do ensino médio público

Brasil tem 2,4 milhões de pessoas com autismo, que enfrentam desafios na educação após os 14 anos

PCDs acima de 15 anos têm taxa de analfabetismo quatro vezes maior que da população sem deficiência

Lula será o primeiro brasileiro desde Pedro II a ser homenageado na Academia Francesa em Paris