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Bolsonaro: "O Maduro não manda nele mesmo. Quem manda são os generais"

Em entrevista à Folha de S. Paulo, Bolsonaro disse que o governo "não vai para as vias de fato", mas deverá fazer de tudo para restabelecer democracia

JAIR BOLSONARO: "Quem manda nele são os generais, os cubanos, em boa parte os russos. Ele é vigiado o tempo inteiro" (Ricardo Moraes/Reuters)

JAIR BOLSONARO: "Quem manda nele são os generais, os cubanos, em boa parte os russos. Ele é vigiado o tempo inteiro" (Ricardo Moraes/Reuters)

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Reuters

Publicado em 2 de maio de 2019 às 17h41.

(Reuters) - O presidente Jair Bolsonaro disse nesta quinta-feira que o Brasil irá "até o limite do Itamarty" na busca por uma solução para crise na Venezuela e afirmou que o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, "é vigiado o tempo inteiro".

"Nós vamos até o limite do Itamaraty. Sem partir para as vias de fato, vamos fazer de tudo para restabelecer a democracia na Venezuela", disse Bolsonaro em entrevista a jornalista Mônica Bérgamo, da Folha de S.Paulo.

"O Maduro não manda nele mesmo. Quem manda nele são os generais, os cubanos, em boa parte os russos. Ele é vigiado o tempo inteiro", afirmou o presidente.

O presidente disse que as autoridades brasileiras acreditam no desgaste que Juan Guaidó — autoproclamado presidente interino da Venezuela, reconhecido pelo Brasil e vários países como presidente legítimo do país — "pode impingir ao Maduro".

Na manhã de terça-feira, Guaidó disse que tinha apoio entre os militares para derrubar Maduro, o que levou ao aumento da violência nas manifestações populares, mas a alta cúpula das Forças Armadas venezuelanas segue dando mostras de lealdade ao atual presidente.

No mesmo dia, Bolsonaro afirmou que é "próxima de zero" a possibilidade de intervenção militar brasileira na Venezuela. Disse também que era muito baixa a chance de uma participação do Brasil de forma indireta, por meio do uso do território brasileiro para operações no país vizinho.

O presidente voltou a mencionar, como havia feito na véspera, sobre fissuras no apoio dos militares a Maduro. Na avaliação de Bolsonaro, "essa fissura que existe na base dos militares pode subir para o alto escalão" das Forças Armadas venezuelanas.

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