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Bolsonaro insinua que G7 quer algo em troca por ajudar Amazônia

Após críticas ao governo Bolsonaro, países devem encaminhar 20 milhões de euros para combater as queimadas

Jair Bolsonaro: "Quem é que está de olho na Amazônia? O que eles querem lá?" (Adriano Machado/Reuters)

Jair Bolsonaro: "Quem é que está de olho na Amazônia? O que eles querem lá?" (Adriano Machado/Reuters)

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Reuters

Publicado em 26 de agosto de 2019 às 09h32.

Última atualização em 26 de agosto de 2019 às 09h43.

São Paulo — O presidente Jair Bolsonaro questionou nesta segunda-feira as intenções que estariam por trás das anunciadas ajudas internacionais para combater incêndios na Amazônia, após o presidente da França, Emmanuel Macron, anunciar que os países do G7 darão ao menos 20 milhões de euros para combater as queimadas.

"Macron promete ajuda de países ricos à Amazônia. Será que alguém ajuda alguém — a não ser uma pessoa pobre, né? — sem retorno? Quem é que está de olho na Amazônia? O que eles querem lá?", disse Bolsonaro em pronunciamento a jornalistas ao deixar o Palácio da Alvorada.

O presidente, apesar de questionado, se recursou a explicar seu argumento mesmo com insistência dos repórteres.

Os países do G7 anunciaram o apoio após abaixarem o tom das críticas à política ambiental de Bolsonaro.

O presidente francês, Emmanuel Macron, chegou a pedir que a União Europeia suspenda a tramitação do acordo comercial entre o bloco e o Mercosul.

A Alemanha, no entanto, e o Reino Unido, foram contra a suspensão dos acordos.

Em uma fala recheada de ataques à imprensa, a qual acusou várias vezes de mentir, Bolsonaro também disse que prefere fazer quatro anos de um bom governo do que oito anos de um governo ruim.

Ele também negou se preocupar com reeleição, apesar de repetidos pronunciamentos públicos que fez recentemente, nos quais afirmou que pretende entregar um país melhor em 2022, ou em 2026, ao seu sucessor.

"Não estou preocupado com reeleição. O dia em que eu me preocupar com reeleição, me transformo num cara igual aos outros que me antecederam", afirmou.

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