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Bolsonaro foi ferido na barriga, mas não mudou nada na cabeça, diz Ciro

Tom de Ciro representa uma pausa na trégua que os concorrentes ao Planalto haviam dado a Bolsonaro, que foi vítima de uma facada na quinta-feira

Ciro Gomes criticou na manhã desta segunda-feira, 10, o concorrente do PSL, Jair Bolsonaro (Adriano Machado/Reuters)

Ciro Gomes criticou na manhã desta segunda-feira, 10, o concorrente do PSL, Jair Bolsonaro (Adriano Machado/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 10 de setembro de 2018 às 12h51.

Última atualização em 10 de setembro de 2018 às 12h52.

Mauá - O candidato do PDT à Presidência, Ciro Gomes, criticou na manhã desta segunda-feira, 10, o concorrente do PSL, Jair Bolsonaro, durante agenda pública em Mauá, município da região metropolitana de São Paulo. O tom de Ciro representa uma pausa na trégua que os concorrentes ao Planalto haviam dado a Bolsonaro, que foi vítima de uma facada na quinta-feira (6) em Juiz de Fora (MG).

Classificando o ataque a Bolsonaro como inadmissível, Ciro considerou que os posicionamentos do adversário são estimulantes à violência. "Ele representa um risco grave à população", afirmou. "Não concordo com nada que ele pensa, nada do que ele fala. Depois do ataque, suspendi as atividades da minha campanha. Mas agora é bola para frente."

Na noite deste domingo, 9, após o debate Estadão/TV Gazeta/Jovem Pan, Ciro já havia criticado Bolsonaro. Segundo ele, o candidato do PSL foi ferido na barriga, mas não mudou nada na cabeça.

Ciro também buscou minimizar o efeito eleitoral do crime contra Bolsonaro. O pedetista afirmou que a população se uniu a ele em solidariedade humana e que isso pode representar "uma pequena fração de aumento na intenção de votos".

Sobre declarações de assessores de Bolsonaro, que falam da possibilidade de o ex-capitão vencer no primeiro turno, Ciro Gomes disse que, na avaliação dele, "não há a menor chance". "Em uma, duas semanas ele estará bem, e o debate volta ao seu leito normal", disse.

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