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Bolsonaro convoca reunião de emergência sobre crise na Venezuela

Informação foi confirmada pelo vice-presidente, Hamilton Mourão; encontro está marcado para começar às 12h30

Foto de arquivo: Bolsonaro fará uma reunião, nesta terça-feira, sobre a situação na Venezuela (Antonio Cruz/Agência Brasil)

Foto de arquivo: Bolsonaro fará uma reunião, nesta terça-feira, sobre a situação na Venezuela (Antonio Cruz/Agência Brasil)

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Reuters

Publicado em 30 de abril de 2019 às 10h27.

Última atualização em 30 de abril de 2019 às 11h19.

São Paulo — O presidente Jair Bolsonaro fará uma reunião nesta terça-feira (30) para discutir a situação na Venezuela, após o líder da oposição, Juan Guaidó, declarar que obteve apoio de militares para depor o presidente Nicolás Maduro.

De acordo com o vice-presidente, Hamilton Mourão, participarão da conversa com Bolsonaro um representante do Gabinete de Segurança Institucional, o Ministério da Defesa, o Ministério das Relações Exteriores, além do próprio vice-presidente.

"Eu estou sabendo [sobre a crise na Venezuela] só o que foi divulgado hoje de manhã. O presidente vai fazer uma reunião às 12h30 sobre o assunto. Aqui na sala dele", disse o vice-presidente na saída de seu gabinete.

Em entrevista coletiva nesta manhã, o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, afirmou que o Brasil acompanha "minuto a minuto" o que acontece na Venezuela.

"No momento em que estamos aqui reunidos, temos notícias de que as coisas estão acontecendo na Venezuela, uma movimentação evidente, mas é necessário analisar, estamos tentando reunir as informações para ter a dimensão realmente do que está ocorrendo. A cada minuto surgem elementos que precisamos avaliar", disse.

Segundo o chanceler, o governo considera positivo que exista um movimento de militares venezuelanos em apoio a Guaidó, mas ainda aguarda mais informações para saber como está a situação no país latino.

"Parece que é positivo que haja um movimento de militares que reconhecem a constitucionalidade do presidente Juan Guaidó, cumprem seu dever constitucional de lealdade ao presidente legítimo, precisamos ver a dimensão disso", afirmou Araújo, ao lado do chanceler da Alemanha, Georg Witschel, com que o ministro teve uma reunião agendada anteriormente.

Durante sua fala, Araújo reforçou o apoio brasileiro para um processo de transição democrática na Venezuela e disse que espera a participação dos militares.

"O Brasil, evidentemente, apoia o processo de transição democrática e espera que os militares venezuelanos sejam parte deste processo de transição democrática", acrescentou Araújo.

Em fevereiro, Guaidó se encontrou com autoridades brasileiras em uma visita ao Palácio do Planalto. 

Mais um capítulo

A crise na Venezuela ganhou um novo capítulo nesta manhã, quando Juan Guaidó, presidente da Assembleia Nacional e autoprocalamado presidente interino da Venezuela, afirmou que um grupo de militares estaria ao seu lado, apoiando a deposição de Nicolás Maduro da presidência do país.

“Hoje, os soldados valentes, os patriotas, os valentes homens apegados à nossa constituição atenderam ao nosso chamado […] O primeiro de maio começa hoje. Hoje acaba a usurpação”, diz Guaidó em um vídeo gravado ao lado de militares venezuelanos.

Guaidó também convocou o povo para ir às ruas “recuperar a liberdade”. “Povo da Venezuela, começou o o início do fim da usurpação. Neste momento estou com as principais unidades militares das nossas Forças Armadas para dar início a fase final da Operação Liberdade”, disse em tuíte.

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