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Bolsonaro fará campanha pela reforma da Previdência

A popularidade em alta do presidente é uma dos principais trunfos do governo para garantir a aprovação da proposta já no primeiro semestre

Jair Bolsonaro: o presidente não deve entrar em detalhes técnicos da proposta, mas vai reforçar a defesa dos pontos principais (Adriano Machado/Reuters)

Jair Bolsonaro: o presidente não deve entrar em detalhes técnicos da proposta, mas vai reforçar a defesa dos pontos principais (Adriano Machado/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 15 de janeiro de 2019 às 07h40.

Última atualização em 15 de janeiro de 2019 às 07h40.

Brasília - O presidente Jair Bolsonaro deve ser o garoto-propaganda para explicar à população os principais pontos da reforma da reforma da Previdência. A popularidade em alta do presidente é uma dos principais trunfos do governo para garantir a aprovação da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) já no primeiro semestre do ano.

Para a equipe, o apoio de mais de 57 milhões de votos e a penetração que o presidente tem nos canais digitais (Twitter, Facebook, Instagram e Youtube) garante respaldo ao presidente para assumir a defesa da reforma e evitar os erros de comunicação assumidos pelo governo anterior.

O presidente não deve entrar em detalhes técnicos da proposta, mas vai reforçar a defesa dos pontos principais, segundo apurou o Estadão/Broadcast. Nos últimos dias, ele, inclusive, tem utilizado textos mais longos nas redes sociais para apresentar posicionamentos do governo e até mesmo nota oficiais.

Dilema presidencial

Com papel central na comunicação da reforma, Bolsonaro vive o dilema de poder se beneficiar do mais vantajoso regime de aposentadoria concedido a parlamentares.

Deputado federal por quase 28 anos, ele já está apto a solicitar benefício do Instituto de Previdência dos Congressistas (IPC), que é concedido a partir de 50 anos de idade e oito anos de mandato.

O salário integral de parlamentar é dado a quem completa 30 anos de contribuição para o sistema. O valor da pensão fica fora do teto do funcionalismo - ou seja, Bolsonaro pode acumular esse vencimento com o salário de presidente da República. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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