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Bolsonaro escolhe pastor para Comissão de Ética da Presidência

Esta é a primeira indicação de Bolsonaro para a Comissão de Ética, responsável por investigar ministros e servidores do governo

Governo: o pastor reverendo Milton Ribeiro, da Igreja Presbiteriana de Santos, terá mandato de três anos (Fabian Sommer/Getty Images)

Governo: o pastor reverendo Milton Ribeiro, da Igreja Presbiteriana de Santos, terá mandato de três anos (Fabian Sommer/Getty Images)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 8 de junho de 2019 às 10h50.

Brasília — O presidente Jair Bolsonaro nomeou o pastor reverendo Milton Ribeiro, da Igreja Presbiteriana de Santos, para integrar a Comissão de Ética Pública da Presidência. Esta é a primeira indicação de Bolsonaro no colegiado, responsável por investigar ministros e servidores do governo. Ribeiro tomou posse no último dia 21.

O evangélico tem mandato de três anos, podendo ser reconduzido pelo mesmo período. A comissão - formada por sete advogados - tem ainda seis indicados pelo ex-presidente Michel Temer. Em janeiro de 2018, quando a maioria das indicações ainda era de Dilma Rousseff, Temer viu 14 dos seus 28 ministros à época alvo de processos no colegiado.

Ao assumir a Casa Civil, em janeiro, o ministro Onyx Lorenzoni demitiu 16 dos 17 servidores que trabalhavam na Comissão de Ética. Na ocasião, ele justificou a medida como uma política de "despetização" do governo. Assim, o trabalho do grupo foi paralisado. Os conselheiros precisaram apelar ao presidente para ter seus funcionários recontratados novamente.

Em março, o advogado Paulo Henrique Lucon assumiu a presidência da Comissão de Ética e impôs um novo ritmo ao colegiado, atuando para destravar ou arquivar processos que estavam parados desde 2016. Procurado, Lucon não quis comentar. A comissão também se negou a informar os processos em tramitação por motivos de sigilo.

Criada em 1999 - na gestão do então presidente Fernando Henrique Cardoso -, a Comissão de Ética é responsável por apurar a conduta de integrantes da administração pública federal e de analisar possíveis conflitos de interesse no serviço público. O grupo não tem poder para punir servidores e ministros. No máximo, o colegiado pode recomendar exonerações ou aplicar sanções administrativas, entre as quais a censura ética, espécie de "mancha" no currículo do servidor. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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