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Bolsonaro escolhe o deputado João Roma como novo ministro da Cidadania

João Roma é deputado de primeiro mandato e foi chefe de gabinete de ACM Neto em Salvador; Onyx Lorenzoni foi transferido para a Secretaria-Geral da Presidência

João Roma: é o primeiro integrante do Republicanos, partido com forte presença de evangélicos, no primeiro escalão do governo Bolsonaro (Agência Câmara de Noticias/Agência Câmara)

João Roma: é o primeiro integrante do Republicanos, partido com forte presença de evangélicos, no primeiro escalão do governo Bolsonaro (Agência Câmara de Noticias/Agência Câmara)

AM

André Martins

Publicado em 12 de fevereiro de 2021 às 19h41.

Última atualização em 12 de fevereiro de 2021 às 20h06.

O presidente Jair Bolsonaro confirmou a transferência de Onyx Lorenzoni do Ministério da Cidadania para a Secretaria-Geral da Presidência e escolheu o deputado federal João Roma (Republicanos-BA) para substituir Onyx, segundo portarias publicadas em Diário Oficial da União extra desta sexta-feira.

Roma, deputado federal de primeiro mandato e que seria próximo ao presidente do DEM, o ex-prefeito de Salvador ACM Neto. É o primeiro integrante do Republicanos, partido com forte presença de evangélicos, no primeiro escalão do governo Bolsonaro.

O novo ministro vem de uma família tradicional na política de Pernambuco. O avô, também conhecido como João Roma, foi secretário estadual de Segurança e de Justiça em Pernambuco, além de deputado federal filiado à Arena.

João Roma mudou-se para Salvador em 2002. Foi filiado ao antigo PFL, que se tornou DEM, e já como chefe de gabinete de ACM Neto filiou-se ao Republicanos.

Bolsonaro já havia dito recentemente que iria deslocar Onyx para a Secretaria-Geral da Presidência. Ele é um dos aliados mais fiéis do presidente, tendo sido coordenador da sua campanha ao Palácio do Planalto e ministro-chefe da Casa Civil no início do governo.

Onyx ocupará o posto que estava vago desde a ida de Jorge Oliveira para o Tribunal de Contas da União no ano passado.

Apesar da pressão de aliados do governo no Congresso, o presidente negou dias atrás que iria fazer uma reforma ministerial, ressaltando que neste momento faria apenas a troca envolvendo Onyx.

A ida de Roma sinaliza uma ampliação da presença de integrantes do centrão no governo - a despeito da promessa de campanha de Bolsonaro de que iria indicar representantes no primeiro escalão por critérios técnicos sem a interferência de partidos políticos. Em junho passado, o governo recriou o Ministério das Comunicações e lá instalou o deputado Fábio Faria (PSD-RN).

Além de formarem a base aliada ao governo Bolsonaro no Congresso, os partidos do centrão, em parceria com o Palácio do Planalto, conseguiram eleger no início do mês os novos presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG).

O Ministério da Cidadania responde por programas sociais do governo, como o Bolsa Família, e deverá ser o responsável por cuidar da nova etapa do novo auxílio emergencial - benefício encerrado no final de dezembro que será retomado, conforme autoridades do Executivo e Legislativo, nos próximos meses.

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